Ela estava ali. Depois de tanto tempo. Depois do silêncio. Depois do sumiço covarde que eu precisei.
Mas enquanto ela me encontrou naquela livraria em Paris, eu percebi uma coisa: Eu não a merecia.
Não depois do que eu fiz.
Não depois do que eu causei à melhor amiga dela.
Não depois de tê-la deixado no hospital, implorando para eu não destruir o pouco que restava entre nós.
O problema de amar Savannah não era a intensidade. Era o peso.
Ela era um vendaval disfarçado de calma. E eu… um homem que nunca soube o que fazer com algo tão real.
— Eu devia ter voltado antes — murmurei.
— Mas não voltou. — A voz dela era baixa, firme, doída. — E nem atendeu nenhuma das minhas ligações.
— Eu estava destruído, Savannah. Eu estava com medo de voltar e ver que você... que você tinha seguido em frente.
Ela se afastou um pouco, com os olhos que beirava a tempestade que estava se agitando dentro de mim.
— Eu estava em um hospital, Thomas. Isabelle estava mal. Eu mal conseguia respirar. E você sumiu.