Todos los capítulos de Uma Lycan Rejeitada para o Rei Vampiro : Capítulo 71 - Capítulo 76
76 chapters
Capítulo 71 O preço
CelesteMarcel jazia nas garras da Fúria como uma oferenda falida. O corpo quase sem vida dele pendia, lânguido, coberto de cortes profundos e rasgos fumegantes. Sua carne exalava magia corrompida, queimada como carvão vil. Partes de seus membros estavam faltando. E mesmo assim, ao vê-lo naquele estado deplorável, algo em mim quebrou. Gritei.Um uivo de fúria, dor e desespero rasgou meu peito enquanto eu corria pela entrada da caverna. Os olhos da Fúria brilhavam em vermelho opaco. Ela havia feito o que eu ordenei, trazer meu lobo de volta. Mas não assim. Não despedaçado. Não a sombra de um cadáver.— Não! — caí de joelhos ao lado dele, o sangue quente manchando meus dedos. — Não era para terminar assim! Ele é meu! MEU!Minha voz ecoou nas profundezas da caverna onde os pergaminhos dançavam ao vento maldito, as velas tremulavam com chamas verdes e o caldeirão de ossos fervia com murmúrios do além. Foi ali que Cadmus surgiu das sombras, arrastando sua longa túnica como se a própria mo
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Capítulo 72 Cortina de Fumaça
MarcelO cheiro de podridão havia sumido. O ar agora era espesso, mas limpo, como o de uma floresta logo depois da tempestade. Minha garganta ardia. Cada célula do meu corpo doía, latejava, como se tivesse sido reconstruída a partir de cinzas. E, talvez, tenha sido mesmo.Acordei no chão de pedra, nu, com manchas de sangue seco e lama nas pernas. Meus ossos pareciam diferentes, mais... firmes. Minha respiração soava como um trovão preso no peito. Olhei para o teto irregular da caverna e senti uma presença. — Ravena?Minha voz saiu rouca, ferida.O nome surgiu do nada, mas me atravessou como lâmina aquecida. Por que pensei nela? Por que... sentir seu nome era como lembrar da própria existência? Onde ela estava?Tentei me levantar, mas a tontura me fez cair de joelhos. Foi então que percebi. Eu não fazia ideia de onde estava. Nem por que estava nesse lugar.Uma mulher de cabelos platinados e olhos azuis correu até mim. Celeste. A Luna. Havia uma cicatriz que cortava o lado esquerdo de
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Capítulo 73 Prisioneiro
CyrusA névoa ainda não havia se dissipado por completo quando senti o elo se reabrir. Um fio tênue da mente de François tocou a minha, como um murmúrio no escuro. A princípio, ignorei, ocupado demais verificando os mapas redesenhados com as coordenadas das fendas energéticas na barreira. Mas a pulsação súbita, a tensão latente, obrigou-me a parar.“O que aconteceu?”“Majestade, acabei de voltar ao castelo. E trouxe um prisioneiro.” A voz do meu general estava tensa. Mais do que o usual.Me afastei da mesa da sala de guerra, meu corpo movendo-se com precisão felina até o vitral da torre leste. Do alto, pude ver a movimentação no pátio interno. Sombras Negras posicionando-se em alerta, dois deles carregando uma figura desfalecida, envolta em correntes de aço negro, seladas com runas antigas. Meu sangue ferveu antes que François dissesse qualquer outra coisa.“Ele estava morto. Como esse pedaço de lixo está aqui?!” perguntei irado. “Precisamos conversar. A Luna da Lua Negra o trouxe
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Capítulo 74 Desvelar
RavenaA primeira coisa que senti foi calor.Um calor diferente, terno, que vinha de dentro de mim e se irradiava entre nós, algo como pele contra pele. O cheiro de couro, madeira antiga e rosa com vinho, misturava-se ao aroma inconfundível de Cyrus, ancorando minha alma à realidade antes mesmo que meus olhos se abrissem por completo.Eu estava nos aposentos dele, no castelo. O céu lá fora exibia os tons de âmbar e laranja do amanhecer, filtrando-se pelas longas cortinas de veludo. Meus músculos estavam doloridos, minha mente pesada, e algo dentro de mim parecia... esvaziado. Como se parte de minha essência tivesse sido arrancada, usada e deixada para trás. Laha estava em silêncio. Não dormindo, apenas quieta. Como se estivesse recolhida, digerindo o que havia acontecido.— Você está acordada — murmurou Cyrus ao meu lado. A voz dele sempre carregava esse tom grave, envolvente. Mas agora, havia algo mais. Uma tensão. Um peso.Assenti devagar.— Os lobos foram colocados sob proteção. E
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Capítulo 75 Ela é uma rainha, forte e impiedosa
MarcelA masmorra era fria. Como se congelasse meus ossos. A pedra suava uma umidade antiga, cheia de promessas esquecidas e sangue seco. Mas o frio que me consumia não vinha do chão, nem do ar.Vinha de dentro.Eu não entendia o que fazia ali. Nem por que estava preso. Havia vozes, vultos. Fragmentos. Uma mulher de cabelos brancos chorando sobre meu peito. Um velho de olhos mortos. E fogo. Muito fogo.Mas tudo o que fazia sentido era ela.Ravena.O nome surgia como uma prece silenciosa em minha mente. A única âncora na escuridão onde me encontrava. Ela era uma lembrança desfocada, mas viva. Como um raio de sol filtrando pelas frestas de uma cela. Uma imagem de cabelos longos e olhos insondáveis. Um sorriso tímido...doce... sereno.Até que ela surgiu.As portas da masmorra se abriram com um som metálico que soou como um trovão em meus ouvidos. Os guardas saíram silenciosamente, e a penumbra ficou mais densa. Mas mesmo naquela meia-luz, eu a reconheci.Ravena.Não... aquela não era a l
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Capítulo 76 Uma nova fase de Ravena
CyrusA escuridão da masmorra não era diferente da que habitava em meu peito naquele instante. Uma sombra densa, viscosa, feita de ira contida e um desprezo que crescia como veneno. Apoiado contra a parede, envolto pelas sombras que obedeciam apenas à minha vontade, eu estava ali. Imóvel. Observando.Ela pediu que eu não interferisse.Ravena. Minha companheira. Minha rainha.Ela precisava encarar o monstro com os próprios olhos. Precisava olhar para aquela escória e lembrar-se de que não era mais a fêmea subjugada de antes. Era o pesadelo daqueles que a feriram. Era poder encarnado. A justiça que os deuses abandonaram.Vi a porta abrir e os guardas saírem. Recuaram com respeito, talvez com medo. E ela entrou.Meu peito se inflou, de orgulho, e algo mais feroz, mais instintivo. Um orgulho primitivo, talvez, mas também uma reverência silenciosa. Ela parecia feita de tempestade e sombra, uma força antiga que rompia as correntes da memória e do medo.Marcel a reconheceu. Seus olhos arreg
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