O sol da manhã entrou timidamente pela janela do quarto do hospital, pintando o ambiente com uma luz dourada que parecia prometer dias melhores. Eu acordei com uma sensação estranha: ainda estava fraca, mas algo dentro de mim queria sair daquele quarto, daquele cheiro constante de antisséptico e máquinas.Enzo estava ali, sentado numa cadeira ao lado da minha cama, com o rosto cansado, mas firme. Ele havia passado a noite inteira ali, sem dormir, só me observando.— Bom dia — murmurei, com a voz rouca.Ele sorriu, um sorriso lento, cheio de cuidado.— Você dormiu bem?— Melhor do que esperava.Ele se levantou devagar e me ajudou a sentar na cama, apoiando minhas costas.— Hoje é um dia importante. Você vai para casa.O som daquela frase me surpreendeu, mas um misto de ansiedade e alívio me invadiu.Fazer o que eu fazia de melhor — estudar — parecia um passo gigantesco depois de tudo. Mas eu estava determinada.Logo a equipe médica chegou para me liberar, conferindo sinais, examinando
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