As paredes do escritório de Luca pareciam mais fechadas do que nunca.
Não era só a tensão. Era o clima de decisão. De guerra iminente. De que aquele movimento podia ser o que viraria a maré... ou o que nos enterraria.
Luca estava encostado na cabeceira da mesa, braços cruzados, o maxilar firme. Marco, ao lado, girava uma pistola prateada entre os dedos com uma calma que só ele conseguia sustentar. Rafael mexia freneticamente no tablet, analisando imagens de satélite e registros de drones.
Eu estava em pé, perto da janela, com os olhos fixos na estrada de entrada.
Sara não apareceria por ali — ela estava em segurança, na mansão, com a mãe dela. Mas meu instinto era buscá-la. Sempre.
Rafael deslizou os dedos sobre o tablet, ampliando a imagem até que os contornos do galpão ficassem nítidos sob a luz azulada da tela.
— Zona industrial sul, ele disse, a voz seca como um relatório militar. — Galpão 42, abandonado desde o caso dos contêineres falsificados. Mas olha isso.
Ele tocou na t