O silêncio do campo foi interrompido por um cacarejo insistente vindo do quintal. Reconheci na hora.— Giselda… — murmurei, rindo sozinha.Me levantei devagar, estiquei os olhos e lá estava ela, no seu posto de sempre, desfilando pelo gramado com aquele andar desengonçado que só uma galinha confiante tem.— Eu ouvi, tá? — falei, cruzando os braços e me encostando no batente da porta. — Que bom que pelo menos você nunca me bloqueou.Ela cacarejou de novo, agora mais alto, como se respondesse.— Eu sei, eu sei… eu sou uma bagunça emocional ambulante. Mas olha só: bloqueei o Mauro. Oficialmente. Sem recaída, sem drama. Um clique. Adeus, babaca.Ela me olhou. Ou talvez tenha apenas virado o pescoço por reflexo. Mas no meu mundo interno, Giselda entendia tudo.— Agora só falta me livrar de um cowboy turrão e de um veterinário badboy. Fácil, né? — dei um risinho sarcástico. — Um me ignora como se eu fosse invisível. O outro é gentil, divertido… e me faz rir. E eu? Eu fico aqui, tendo DR com
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