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34 chapters
Fugindo
Guilherme estava em choque.Rosa, sem entender o que acontecia, mal conseguiu pensar nesse detalhe.Virgindade. Foi isso que Guilherme descobriu. Rosa era virgem — e agora ele sabia que Vitinho não era filho dela. Aquilo explicava a falta de experiência no beijo, o jeito delicado, inseguro.Ele pensou que deveria ter ficado bravo. Afinal, ela havia mentido. E eram mentiras comprometedoras.Mas, à sua frente, estava uma menina ainda intocada, que confiava nele. Nem podia chamá-la de mulher — era uma menina pura, que ele deveria ter protegido com mais cuidado.Guilherme ficou ali, parado, em silêncio, tentando processar tudo.Rosa, envergonhada, encolheu-se. O corpo tremia. Sentiu que talvez ele estivesse arrependido de ter se deitado com ela.Sem dizer nada, levantou-se devagar, pegou as roupas e se vestiu às pressas, tentando esconder as lágrimas que insistiam em escorrer.Guilherme continuava imóvel, paralisado, sem saber o que dizer, o que fazer.— Rosa... eu... eu sinto muito... —
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Pertencimento
Guilherme finalmente encontrou. Descobriu que eles haviam embarcado para o Rio, usando identidades falsas.Na documentação, Rosa era a responsável por Vitinho — o que, de certo modo, facilitou a fuga.Sem perder tempo, Guilherme pegou o carro e seguiu o ônibus. O veículo ainda não tinha feito parada, o que dificultou que Guilherme os acompanhasse.Desesperado, ele fazia manobras perigosas na BR, forçando o motorista a decidir se parava pela insistência dele ou se seguia viagem. O homem temeu um assalto... mas, antes que acontecesse um acidente, cedeu.A porta do ônibus se abriu com um rangido tenso.Guilherme começou a gritar:— Rosa! Rosa! — sua voz era um misto de alívio, urgência e angústia.Lá dentro, Rosa cochilava. Não havia pregado o olho a noite inteira.Mas quem ouviu foi Vitinho. Seus olhos se arregalaram. O coração disparou. Ele conhecia aquela voz.— É o tio! É o tio Guilherme! — gritou o menino, levantando-se num pulo.Rosa tentou contê-lo com o braço, o coração acelerado
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Sincera e Transparente
Guilherme sentiu que Rosa estava tensa. Sabia o motivo: Jéssica.Ela estava com medo da irmã arrancar o menino dela.Ligou para César — primo e amigo de confiança, além de empresário com uma porcentagem de ações na empresa Moreau. Também era advogado — e dos bons. César tinha investimentos, outras ações, e era filho único. Seu pai, irmão de Sampaio, o tornava um Moreau de sangue. O ramo da família era joias, e César era tão rico quanto Guilherme — e leal.A compra das ações na empresa foi mesmo para manter os olhos em Gustavo. O pai de César nunca confiou nele — e com razão.César veio assim que Guilherme ligou.Toda a situação foi explicada em detalhes. César foi direto:— Rosa, me prometa que não vai omitir nada. Qualquer detalhe importa. Estamos lidando com algo precioso: a vida de um menino.Rosa contou o que julgava importante para o caso.— Eu adoraria dizer que temos chance de ganhar essa causa — suspirou ele, sério — mas não temos. Jéssica é a mãe. Vai ser a sua palavra contra
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Suite
César e Meg conversaram com Guilherme. Chegaram à conclusão de que seria melhor Vitor ficar — afinal, o menino estava completamente seguro tanto na fazenda quanto na escola. Não viam motivo para que ele perdesse aula por conta de uma viagem tão distante como Gramado.Rosa concordou. Confiava na palavra de Guilherme. Se ele dizia que o menino ficaria bem, ela acreditava.Com carinho, Rosa organizou suas coisas e também as de Guilherme. Ele tentou dizer que não precisava, mas ela insistiu. Fazia aquilo não como funcionária, mas como alguém que o amava e queria cuidar dele.Partiram de madrugada. Viajariam de carro até certo ponto, e de lá seguiriam de helicóptero particular. Katrina e Gustavo já tinham ido na frente. Gustavo até se ofereceu para irem juntos, mas Guilherme recusou.Ele queria mesmo era ver Rosa — e Gustavo, embora tentasse esconder, não conseguia tirar a ruiva da cabeça.Rosa estava visivelmente tensa. Guilherme percebeu.— Tem medo de voar, minha Rosa? — perguntou, com
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