O velho ancião estava visivelmente frustrado.
Observava o filho mais velho, Pitter, com o olhar pesado de quem já havia desistido de tentar compreender aquele homem de coração de pedra. Em seguida, voltou-se para a cena à sua frente: Madalena, sua esposa, e Pietro, o filho mais novo, chorando sem conseguir conter o desespero.
— Vocês dois, já chega com esse choro! — gritou, perdendo a paciência. — Não é como se o Théo estivesse à beira da morte! O médico disse que é apenas indigestão... causada por ele reprimir os próprios sentimentos!
Madalena apertou o lenço contra os olhos, inconformada.
— Como consegue dizer isso com tanta frieza? Ele está reprimindo os sentimentos! O autismo do nosso Théo estava melhorando tanto... e se agora ele estiver entrando em depressão?
— Depressão? — o velho resmungou. — Ora, não pode ser tão grave assim. Crianças não ficam deprimidas desse jeito…
Mas, antes que ele pudesse continuar, a porta do quarto de Théo se abriu. O médico da família saiu, ajustando