O sol atravessava as cortinas brancas do quarto de hóspedes, pintando a parede com um tom dourado suave. Amber abriu os olhos devagar, sentindo o corpo ainda cansado da noite anterior, mas não de dor. Era um cansaço bom, quase como se o peso dos últimos meses finalmente tivesse sido solto de seus ombros. Ela virou de lado e encarou o teto por algum tempo, absorvendo a paz daquele momento. Pela primeira vez em muito tempo, ela acordava sem medo. Sem pavor de gritos vindo da casa principal, sem o cheiro de mofo do porão, sem os olhos frios da tia a julgando a cada passo, ou sua prima aguardando um erro para pisá-la. Na mesa de cabeceira, uma bandeja com café da manhã, esperava com pães, frutas cortadas, suco de laranja e uma flor branca no centro do prato. Amber sorriu, emocionada. Maria, é claro. Ela se levantou devagar, calçou as pantufas novas que haviam deixado para ela, e caminhou até a janela. Lá fora, o jardim da mansão Willivam estava calmo, com pássaros brincando entre as
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