Casamento por Contrato | Livro 1
Casamento por Contrato | Livro 1
Por: May Beatriz
Capítulo 1

Brunha Pinheiro. 

Burra, você deve me considerar uma pessoa burra pela decisão que eu tomei, mas, algo dentro de mim diz que eu tenho que tentar, e que isso é algo que eu tenho que fazer por mim. 

Meus pais não ficaram muito orgulhosos da minha decisão, na verdade, odiram! Mas, qual é? Eu tenho vinte e um anos e um belo namorado que mora no Rio de Janeiro, eu mereço mais do que a pequena vida no interior. 

— Eu te amo! — Disse, beijando sua testa demoradamente e meu olhos embarcaram rapidamente. 

— Eu também amo você, meu tesouro! — minha mãe respondeu, me abraçando e acariciando minhas costas. Estava sendo difícil para nós duas. — Se tudo der errado, volte correndo para os braços da mamãe. — ela falou, e então estendeu o braço e secou uma lágrima teimosa que escorreu. — Eu sempre estarei te esperando. 

— Obrigada. — Sussurrei, antes de ir correndo abraçar meu pai. 

— Que loucura! — Balbuciou. Eu sabia que ele estava se segurando para não chorar. — meu bebê já está saindo de casa, o quão velho estou? — Disse, beijando minha testa e me agarrando em um abraço. 

— Não está velho, só precisa se cuidar, tudo bem? — falei. — venho visitá-los assim que puder. — avisei. — eu te amo!

— Eu também te amo. — Ele Sussurrou me abraçando forte. — Meu tesouro. 

— Bom, hora de ir! — Avisei, me soltando do abraço.

Coloquei minhas malas no compartimento do ônibus e após alguns segundos, embarquei e me sentei na cadeira correspondente ao meu assento. Inclinei o banco e encostei minha testa no vidro e relaxei. Estava tudo dentro do planejado, até agora. 

Para que eu possa contar um pouco da minha história, preciso voltar a alguns muitos meses antes, mais especificamente, para os meus dezenove anos. 

Eu sempre fui curiosa e por não ter coisas extraordinárias para fazer na minha cidade minúscula, sempre passei tempo demais na internet. Tinham centenas de amigos espalhados pelo Brasil e me sentia amada e o sufocamento de morar aqui era rapidamente substituído. 

Ajustava meu pouco tempo entre o último ano escolar, ajudar meus pais, andar com meus poucos amigos na praça local e mexer na internet.. e você sabe quem ficava com a maior parcela do tempo? Isso mesmo, meu smartphone caro. 

No meu aniversário de vinte anos, um número desconhecido me mandou mensagem me desejando felicidades e tudo aquilo que desejamos todos os anos. Acabamos começando a conversar e eu descobri que ele se chamava Lucas, tinha vinte e dois e morava no Rio de Janeiro, era de uma família classe média-baixa e trabalhava em um bar a noite. 

Foi uma ligação instantânea. Estamos juntos a quase dois anos depois disso e eu o amo, e isso juntado a vontade de sair da minha pequena cidade do interior, fez com que eu pudesse tomar a decisão mais importante da minha existência.. me mudar para outro estado! 

Eu não era inocente, e eu sabia que meu namorado pulava a cerca em outro estado, eu não era idiota. Quem namora a distância e é fiel? Bom, nós não! E é por isso que eu estou deixando tudo, para deixarmos nosso relacionamento aberto de lado e focarmos em algo mais tradicional e que não inclua terceiros. 

De acordo comigo mesma, a parcela de tudo dar errado é pequena e junte isso a eu ter mentido para os meus pais sobre a minha residência provisória, eu tenho um grande problema para ser resolvido. 

— É, Bruna.. — murmurei para mim mesma. — vai ser uma longa viagem. 

Pus meus fones de ouvido e inclinei todo o meu banco, me deitado enrolada no meu edredom rosa, que eu carregava para todos os lados. Meus olhos pesaram e após a terceira música, meu estado inconsciente acabou sendo ativado e eu dormi o resto da viagem inteira.

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