O sabor da vingança
No dia em que completei dezoito anos, perdi tudo.
O presente que a vida me deu foi a morte do meu pai — e, junto com ela, a certeza de que eu não teria paz até ver cada gota de sangue vingada.
Desde então, carrego o gosto amargo da promessa que fiz de joelhos, diante do caixão: ninguém sairia impune. Nem que eu mesma tivesse que sujar as mãos.
Eu só não sabia que meu maior inimigo usaria perfume caro, sorriso torto e mãos que me seguram forte demais quando tento fugir.
Ele está aqui, colado em mim, quente como pecado, frio como a arma que carrega na cintura.
Agora sou eu, minha sede de vingança e esse desejo proibido que me corrói por dentro.
E entre beijos, mentiras e balas disparadas no escuro… alguém vai sair perdendo. Mas não serei eu.