06 | Um grande amigo

"Bons amigos são como estrelas: nem sempre podemos ver, mas temos certeza que estão sempre lá." 

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Assim que chegamos Ramón nos leva para um café próximo à mansão que trabalha atualmente, já que foi demitido do seu departamento.

— Buenas tardes. — Jane o encara salivando — Vem madame.

Faz sinal para uma linda mulher que nos dar um sorriso de boca fechada.

— Ramón pare com isso de madame. — A mulher berra.

Ele revira os olhos com o berro agudo que a tal madame deu. Nós quatro nos juntamos ao fundo do café, enquanto Dias faz o pedido dá início as explicações sobre o bando do nosso suspeito, dando conta que não os apresentei imediatamente me corrijo.

— Jane esse é Ramón um grande amigo que vai nos ajudar com algumas informações sobre o Deldiabo. — Os apresento e vejo Jane quase se jogar no colo dele. 

Piora ainda mais quando a mulher que o acompanha os afasta enciumada. Seguro o riso para não o deixar ainda mais constrangido e observo de camarote toda a situação.

— Porra, dá pra parar! — ele a repreende que não dá a mínima para seu tom de repreensão — Senhorita Jane vamos focar no trabalho.

Sem graça, Jane assente e finalmente vamos focar no que realmente importa.

— É o seguinte. O Pablo não é parente do Deldiabo é apenas mais um traficante que trabalha para ele. Suponho que possa se infiltrar no bando dele, conheço um cara que pode colocar você em contato direto com ele.

— Na minha opinião você não deve fazer isso. — A mulher que o acompanha comenta.

— Por que não Samilly, o que você entende sobre tráfico de drogas, mulher? — estressado Ramón a questiona — Nos dê um motivo?

— Assisto tv Ramón esse cara vive na mídia e não aceita americanos em seu bando, é mais fácil o idiota do Deldiabo aceitar seu amigo no grupo de traficante do que o Pablo. Ainda mais o bonitão aí que tem como mãe a famosa advogada Brienna Villin. — afirma olhando para o lado de fora do café — Não preciso ser do FBI ou detetive para pensar.

— Ok. — soltando o ar exasperado Ramón foi convencido — Então, como faremos? — Investiga.

— Já temos o suficiente para bolar um plano, agora é descobrir onde ele fabrica as drogas. — Jane expressa seu desejo.

— Fica ao lado norte da cidade de vocês, passou na reportagem que assistir na tv que ele manda no bairro e paga suborno para vários polícias, foi noticiado. — Samilly confessa com sua cara linda de a dona da razão fazendo Ramón apertar sua nuca com a mão que antes ninguém percebeu que já estava ali. — Para com isso.

— Não dá você está me deixando excitado. — ele sussurra, mas eu e a Jane escutamos perfeitamente — Assistirei tv de hoje em diante com você madame.

— Para! — exige — Já acabou? Quero ir para casa.

— Sim, ficamos por aqui. Qualquer coisa me procure, preciso agradecer a minha madame como merece. — mortificada o encara ruborizada — Vamos patroa.

Com a mão em sua nuca se levanta e com a disponível aperta a minha com um sorriso de que vai transar. Fiquei até com saudades de praticar o ato. Eles se vão e no caminho ele sussurra alguma coisa em seu ouvido que devolve com um sorriso sacana.

— Vão transar, tenho certeza! — Jane fala invejada — Fiquei com inveja.

Sua confissão me fez gargalhar. Pior que estou igual ou pior que ela.

— Vamos invejosa. — a convido para voltar para meu carro — Agora procuraremos o lugar onde ele produz a coca. — Falo ligando meu carro.

— Em minha casa tenho alguns documentos que talvez possa nos ajudar e podemos estudar o arquivo atual do caso. — Concordo e sigo para a toca da raposa.

Assim que chagamos em seu apartamento que é bem rústico todo de tijolos e vigas, janelas e porta em aço tingido de preto, tem um estilo bem moderno sua cama é imensa, a sala e o quarto são juntos, na verdade, o apê se divide em dois cômodos quarto e cozinha bem grande com um banheiro. Trancando a porta ela sai dos saltos e some em outra que creio ser o closet, volta com uma caixa de arquivo nas mãos.

— Vou tomar um banho pode ficar à vontade iremos trabalhar aqui, acredito ser bem melhor que na agência com o idiota do Omar me sufocando. — Confessa.

Some no banheiro me deixando sozinho. Retiro meus sapatos pego a caixa e vou para o chão no seu quarto sala e sento próximo à mesa de centro que usarei como base para apoiar os arquivos. Após me aconchegar começo a folhear alguns arquivos que para mim são bem interessantes, pois são do Omar. Será que ela está investigando-o também? — chego a essa conclusão por ter muitas coisas dele ali, porém, não vou me meter nas coisas dela. Cada um que faça sua parte. Estou distraído quando o satanás sai de camisa e calcinha. Tenho certeza que só fez isso por julgar que gosto de homem — Que merda eu fiz agora vou ficar excitado com ela de calcinha. — Pego uma almofada e coloco no meu colo discretamente. A própria vem da cozinha com duas taças e uma garrafa de vinho.

— E aí? Como estamos. — se junta a mim no chão — Nem perguntei, você bebe Villin? Eu preciso beber para olhar esses arquivos, pois, só de ler o nome do Omar neles me sinto repugnada.

— Jane. — Prendendo os cabelos loiros em um rabo de cavalo ralo me encara — Ele te assedia?

— Não quero falar disso. — só essa resposta é o bastante para confirmar minha curiosidade — É complicado.

— Se tiver me fala, faz tempo que tenho vontade de socar a cara dele. — desabafo vendo sua cara mudar de foco — Vamos trabalhar, mas se quiser conversar sobre isso pode contar comigo.

A mulher se j**a no meu colo me dando um abraço.

— Obrigada amiga. — fudeu virei amiga — Vamos focar no trabalho.

Foi o que fizemos, passamos à noite inteira estudando os casos e em umas ligações descobrimos o local. Já passava das 02:00AM quando ela me chamou para a cama retirei minha camisa e me juntei a ela na macia base onde não demorou e apaguei.

(...)

05:00 AM.

Meu telefone toca identifico ser o Enzo e atendo imediatamente.

— Mons estamos saindo de Bagram teve bombardeio a um km daqui, nem dormimos essa noite e a nossa pequena está apavorada. — me sento na cama para olhar bem para a tela — Você não foi trabalhar hoje marido?

— Virei à noite trabalhando e vou às 10:00. — Relato vendo Jane ainda dormindo.

— Meu celular está ruim se não conseguir falar comigo já sabe. Beijos e volte a dormir. Sairemos agora da base, não se preocupe que falarei com você mais tarde.

— Ok, se cuida. Cadê Samir? — apontando a câmera do celular para o canto percebo que a minha menina está dormindo no chão — Meu Deus! Preciso retirar vocês daí quanto antes.

Trocamos mais umas palavras até pegá-la no colo e dizer que já estavam saindo com o pessoal da base para outro lugar. Finalizo a ligação e me deito, sinto uma mão vindo para meu peito.

— Está tudo bem Monspie? — a voz manhosa de sono me deixou duro — Ei!

— Ficará. — Afirmo tentando controlar minha excitação e por fim consigo, porém, não consegui dormir mais.

Às dez chegamos juntos na agência e tivemos uma reunião onde o diretor estava presente, dividimos com todos as nossas provas e ideias, tínhamos certeza que com essa atitude estávamos entrando para a lista negra do Tenente. Após, voltei para minha sala e para minha surpresa Jane foi junto e ficamos trabalhando nessa dinâmica o dia inteiro. Ao anoitecer lhe dei uma carona e fui para casa. Tentei insistentemente ligar para o Enzo e não consegui. Isso me deixou péssimo tomei um banho e fui para a casa da minha mãe assim que cheguei me deitei no meu antigo quarto e consegui pegar no sono.

(...)

05:00 AM.

Acordei com meu celular despertando e logo o cheiro do café invadiu meu nariz. Levantei-me e fui até a cozinha.

— Mãe. — ela toma um susto — Calma, sou eu.

— Filho da puta. — escutar minha mãe xingando é até compreensível acabei de lhe dar um susto — Dormiu aqui?

— Sim, noite difícil. — Compartilho.

Ela ainda não sabe sobre a Samir estou pretendendo contar assim que conseguir falar com Enzo.

— O que aconteceu? — larga o café passando e vem me dá um abraço — Está tudo bem?

— Não mãe, mas ficará tenho fé. — um beijo em meu peito e um abraço apertado me deixou bem tranquilo — Obrigado.

— Por nada, quer café? — afirmo que sim com a cabeça e logo uma xícara fumegante está em minhas mãos — Falei com o Baby ontem.

— Como ele está? — Tento sondar.

— Bem, sinto falta dele Mons, vamos embora deste lugar filho, irei trabalhar para o Oliver ele disse que meu lugar está me esperando. — Percebo que ela só está nessa cidade agitada por minha causa.

— Mãe, vai. — respiro fundo vendo sua tristeza — Vou ficar bem.

— Só vou se você for comigo meu filho. — declara me dando um leve aperto na mão — Te amo.

— Também mãe. — lhe dou um beijo e vou atrás do meu celular — Se eu conseguir falar com Enzo farei uma surpresa em deixar minha mãe conhecer sua netinha.

Está na hora da dona Brienna saber, assim como Baby e todos os meus amigos. Volto e não a encontro deve ter ido para o quarto. Não demora a retornar e nada do Enzo atender. Percebo que pega mais uma xícara de café.

— Cadê seu café mãe? — questiono e vejo uma cara pálida — Mãe?

— Não lembro onde deixei. — Cínica, tenho certeza que Antoni está no quarto.

— Esquecida né. — Ligo novamente e nada.

Tomo meu café e volto para casa, pois tenho que resolver logo esse caso até conseguir me livrar desse trabalho. Me arrumo e logo estou na agência, o Tenente hoje está de folga, então, o trabalho será interno. Assim como ontem mais uma vez a Jane se instalou na minha sala e passamos o dia tranquilo em uma dinâmica excelente. Ter a companhia de uma mulher maravilhosa e muito inteligente trabalhando comigo sem a vulgaridade toda me dando opiniões maravilhosas faz o dia passar depressa. A deixei em casa e fui para a minha na esperança de conseguir falar com o Enzo, liguei algumas vezes mais e não obtive sucesso nas tentativas. Por fim, peguei no sono.

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