Um trauma de infância o tornou uma pessoa explosiva e totalmente sem paciência. Com o passar dos anos estava sempre entrando em conflito com a morte. Até que um dia, uma alma pura o concedeu uma segunda chance de viver e isso lhe custou muito caro. Monspie sentiu gratidão e tornou Samir sua prioridade, queria cuidar e protegê-la como se a mesma fosse a luz da sua vida e desde então tem se esforçado para trazê-la para perto de si. Um homem sem tom enxergou a cor nos olhos da menina com uma grande vontade de viver. Sempre teve a esperança de conquistar seu amor de infância, contudo, nesse mundo o único que amava era ele. Após anos vivendo um sentimento platônico decidiu seguir sua vida e se dedicaria a formar uma família só dele. O amor por Samir o invadiu no momento em que o salvou e desde então teve sua total atenção. Mesmo distante se preocupava em cuidar e manter sua vida estável, sonhando com o dia em que a traria para junto dele. Já havia desistido do amor quando uma mulher cai de paraquedas em sua vida o fazendo enxergar as coisas por outro ângulo. E assim sem perceber foi mudando seu jeitinho rude de ser. Danielle por sua vez, teve um casamento muito difícil e sonhava com o dia que viveria livre do inferno que tornava sua existência cada dia mais frustrante. Após anos longe do homem que a marcou, como um fantasma voltou a atormentá-la. Se viu em uma situação onde o destino o colocou em seu caminho. Um homem grande, de físico atlético e totalmente diferente dela. Salvou sua vida e viu nele um porto seguro, mas mal sabia que o próprio, vivia entrando no caminho da morte.
Leer más"Já matei alguns sentimentos, mas foi em legítima defesa."
━─━────༺༻────━─━
Estou em um lugar meio sem cor. Caminho por um campo que creio ser de alguma mansão. — De repente meu coração acelera, custo a perceber, mas estou correndo.
— Não, não, não. — Grito em negação.
O estranho é que não sou eu quem estou falando, mas ouço a voz em um alto-falante, não, é como se eu estivesse dentro de uma sala com uma acústica elevada.
A verdade é que sabia onde estava, qual era a data de hoje e exatamente o que aconteceria. Me encontrava preso dentro do meu eu do passado, notei enxergar através dos olhos como um hospedeiro ou um espírito possuído em um corpo, mas era só isso, não tinha o controle de nada.
Como gostaria de voltar no tempo e ajudar meu amigo a impedir aquela tragédia que ficara marcada em nossas mentes para todo sempre.
Avistei um homem e corri até ele para pedir ajuda. Ao tocar em seu braço o mesmo imediatamente virou fumaça e uma névoa me cobriu. Em pouco tempo a cena mudou de foco como em um filme péssimo onde as câmeras se deslocam sem sentido algum. Estou de volta ao campo. Encaro minhas mãos que estão sujas de sangue, fecho meus olhos e sinto um peso sobre elas como se estivessem amparando alguém. Meu coração me traía, deixei de senti-lo em meu peito porque o mesmo agora estava em minha garganta e o pânico me consumia por completo. Sabia o que segurava, porém, não queria rever essa cena novamente e que atualmente me faz visitas anuais, marcadas pelo dia fatídico. Sempre na data do aniversário da Lis, habitualmente, o mesmo sonho. Lutei com meu subconsciente para me acordar desse pesadelo e em um movimento lento percebi a cabeça indo ao encontro do que eu não queria ver.
— Por favor! — grito para mim — Não olhe para ela.
Tentei o inevitável, mas já era tarde demais, os meus olhos encaravam o corpo da minha irmã caçula sem vida. — Morgan — Meu eu do passado, olha mais adiante e visualiza o Baby ainda menino com a Elise nos braços. De repente, estou fora de mim ainda jovem, observando o local de cima com a cena de quatro corpos próximos um do outro. Meu tio, Izadora, Lis e a minha irmã, todos mortos. Entretanto, a minha dor aumenta incessantemente quando vejo Oli, limpando o sangue das suas mãos desesperadamente.
— Ele fez tudo que podia. — balbuciei — E eu? Fui o covarde que saiu correndo abandonando tudo de mais importante que tinha na minha vida!
Minha família.
Um vento forte sopra me levando para longe, meu corpo entra em um tornado que me transporta ao centro dele a toda velocidade me erguendo para o alto, assim que me vi fora do mesmo acreditei que veria o sol como nos filmes. Hm, vi três caixões sendo sepultados. Foi breve e a imagem ainda mais curta do que os cinco segundos que o YouTube te obriga a assistir às porcarias das propagandas. Pisquei e fui sugado pelo mesmo moinho de vento que dessa vez me levava ao encontro do chão e como em um pesadelo perverso acordei me debatendo na cama.
— Porra! — berrei me sentando. Respiro fundo tentando alinhar meus pensamentos — outra vez — Suspiro sentindo a brisa que vinha da janela arrepiando minha pele úmida.
Permiti meu corpo colidir contra a cama molhada de suor. Encaro o teto e reconheço o lugar. Não demora muito mamãe invade o quarto extremamente angustiada.
— Mons, filho! — a mulher nova demais para idade que tem alisa meu rosto — Novamente né, meu príncipe?
— Essa porra mãe, toda vez a mesma coisa! — choramingando sendo bajulado por ela — Como cheguei aqui?
Pergunto, já que não faço ideia de como consegui chegar em sua casa.
— Você tem a chave meu filho, acordei com seus gritos e vim para cá correndo e pelo seu cheiro vejo que bebeu, como sempre. — O tom de voz muda para um rosnado e logo uma mão pequena vai direto para minha cabeça.
— Onde se encontra aquela mãe amorosa de um minuto atrás Brienna? — a questiono já que está me batendo — Para mãe, por favor.
— Me chame por meu nome novamente que quebrarei seus dentes. — me ameaça — Brienna, onde já se viu? Tenha mais respeito.
Exasperada se levanta e sai apressada.
— Será que todas as mães são assim? Enfim, vou tomar um banho. — Me levanto e caminho em direção ao banheiro do meu antigo quarto.
Debaixo da água morna tento relaxar meus músculos tensos.
— Mais um ano que vivenciei a cena mais triste da minha vida.
Após um banho rápido coloco uma calça e decido pernoitar na minha mãe. Sinto o cheiro do café e como em um desenho animado dos anos 90 fui puxado pelo aroma da bebida que muito em breve estará descendo por minha garganta. Assim que chego à cozinha imensa da minha mãe encontro a mulher chorando com uma xícara entre os dedos. Brienna é muito jovem para a idade que tem e com seus cabelos negros por alguma tinta que usa para camuflar os fios brancos tem uma aparência muito jovial, branca de olhos negros e fios longos, quem não sabe sua idade a colocaria na faixa dos 50. Caminho para perto dela me sentindo culpado, já que foi por minha causa que ainda está acordada.
— Desculpa mãe, não quis te acordar. — sentindo-me culpado beijo seus cabelos cheirosos — Me perdoa.
— Tudo bem, colocarei um pouco de café para você. — levanta para me servir e não demora nada já estamos bebendo nosso café às 03:00 AM — Mons pare de beber meu filho, por favor.
— Eu não bebo mãe. — Confesso.
Estou falando a verdade, o único dia que faço isso é hoje, o dia de falecimento da Morgan e das meninas. Provo da bebida quente e exageradamente forte.
— Mãe, sem açúcar! — Exclamo já que está muito amargo.
— Bebe tudo se não já sabe. — sou ameaçado — Hoje tenho uma audiência muito importante.
— Amanhã estarei de volta a Bagram. — comento vendo sua cara de preocupação — Mãe essa é a última.
— Eu sei, Antoni me falou. — encolhendo os ombros desabafa — Jantamos ontem e comentou que já estava se aposentado. Filho. — faz uma pausa em seguida segura minha mão — Vamos voltar para casa, sinto falta dos meus meninos, sou a única figura materna que eles têm e o Baby. — respira fundo fazendo uma careta lembrando do meu primo — Esse, vive se metendo em problemas e precisa de mim por perto, já que é o pior de todos vocês.
— Não quero voltar para a Suíça, mas você pode ir. E-er você está saindo com meu general mamãe? — Tento sondar.
— Não saio de Nova York sem você. — afirma — Ficaremos aqui juntos então.
Dou-lhe um beijo na bochecha e procuro algo para comer. Faço um lanche e volto a dormir, ficarei com ela até minha viagem de amanhã.
— Ele está comigo. — finalmente Alec informa — Pode soltá-lo Monspie somos todos no mesmo time. — O solto e volto para meu lugar.Olho meu celular tem uma mensagem do Baby. ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄13:43 - BabyA Cloe foi chamá-lo. Por mim, pode matar todos Riere é nossa família. ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄Respiro fundo, pois é só falar que sim que vou ao carro e pego minha arma. Fico ouvindo a conversa e gravando tudo que consigo.— Agora sei o motivo que meu maninho é louco por essa mulher, é gostosa demais, vou adorar pegá-la de jeito assim que conseguirmos botar as mãos nela. — Marco se pronuncia me deixando cheio de ódio.Mando outra mensagem porque o nome de outro homem foi citado. ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄13:55 - MonspieE só dar o ok. Um tal de Bartra quer beber o sangue dela...13:59 - MonspieJá falo com você. ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄Penso em arrumar um jeito de sair da sala e ligar para eles poderem escutar.— Não quero jogar água na fogueira de vocês, mas meu tio praticamente manda em Seattle é um car
Estou em ligação com minha filha e Alec já me ligou umas cinco vezes. Não deixarei minha filha para atendê-lo, pois só tenho esse horário para falar com ela.— Papai eu preciso ir ao shopping quero ir nesse lugar que faz compras com meu dindo Baby ele falou que lá vende um totozinho que quero muito. — Fala pela décima vez sobre isso.— Papai já explicou que o totozinho vai morar no seu dindo né? E assim que você vier pode comprar uns vinte cachorros, seu dindo Baby gosta desses bichinhos tanto ou mais que você princesinha.— Para com isso marido. — Enzo se levanta colocando sua cara lisa na ligação — Você tem que pressionar mais a Merida para nos tirar daqui. Sei que está fazendo o possível cobre dela o impossível isso é coisa de homem e eu sou uma donzela.— Sabe que não disponho de paciência para conversar com ela se me der brecha serei grosso novamente já a coloquei para fora do caso, mas você e minha mãe praticamente me obrigaram a retroceder. — deixo claro que se eu for fazer qua
As horas correm e já passava das 14:40 quando os três ficam bem na frente da capela. Porque não vem logo para irmos embora daqui? — não gosto de cemitério! — Penso em buzinar quando os dois veem agarrados de dentro da mesma e observar minha Riere tão triste me dá vontade de ir até lá e lhe abraçar para confortá-la um pouco. Os três os abordam e o velho escuta a merda que Marco falou e como se fosse o centro do mundo passa feito uma bala por eles.— O que esse idiota falou para deixá-lo puto? — fico ainda mais impressionado quando o velho volta e troca poucas palavras com eles os deixando desconfortáveis — Deus mata minha curiosidade e faça eles conversarem dentro desse carro pai. Alimenta a fofoqueira que habita em mim.Não demora os três entram no veículo.— Como eu ia imaginar que o pai dele sabia da sua morte. Supus que fosse um tio, mas ele me garantiu que disse para Berriere que seu pai era morto como ele sabe caralho? Agora fudeu é melhor ligar para Kathe e informar que o podero
Na noite passada conversei com Alec que me contou tudo em detalhes até mesmo quem foi o mandante do assassinato do Kamael e que por hora a Katharine não pensa em fazer mal a minha Riere. Voltei para casa falei com Oliver, liguei para o Baby e deixei ele ciente de todas as informações recém-descobertas. Cansado pelo dia agitado que tive rapidamente peguei no sono.(...)Hoje acordei cedo e já falei com o Enzo que está agora me tratando bem melhor! Sei que fui um completo idiota e vou melhorar como pai e marido mesmo que de mentirinha porque Enzo merece o melhor. Estou aguardando a minha filha terminar seu banho, preparo o meu café como sempre faço a essa hora do dia. Já com a bebida fumegante em minhas mãos, caminho até a janela e noto uma BMW parada na porta da casa do Kamael e imediatamente ligo para o Oliver, pois não sei de quem se trata.— Pronto... — atende meio ofegante — Espera Ana tenho que atender. — suponho que atrapalhei alguma coisa — Oi, tem novidades?— Tem alguém na cas
ENZO PIZZARRO. Síria - Golã. Vivo tentando ser otimista, porém, suponho que nunca mais dormirei bem na vida. Dou o meu melhor para não passar minha dor e desespero para Samir. — acabo soluçando na tentativa de conter minhas lágrimas e percebo sua mãozinha alisar meu rosto — Necessito ser forte por minha menina, preciso suportar tudo e sei que Deus vai nos honrar com nossa família unida. Ela vale meu esforço, minha filha e ai de quem disser o contrário. O único problema é ver que todo meu trabalho diário para sorrir e tornar esse caos que está a nossa volta menos sofrido tenha sido parcialmente perdido pelo estresse do Monspie e estou definitivamente cansada e por hora evitarei conversas longas com ele. Não posso me isolar dele por completo para não aguçar a curiosidade da nossa filha, mas ele precisa pensar em mim, meu sorriso nem sempre é sincero. — Pronto tá bonita. — me beija e se deita ao meu lado — Mamãe vou dormir tô cansada fiz muito dever hoje. — Me beija e vira para o lad
— Puta merda! O que estou fazendo? — Sigo para o banheiro e me sento no chão deixando a água cair sobre minha cabeça. — Estou perdendo meu controle, não posso tratar o Enzo dessa forma. Tenho que mudar, preciso disso!Fico ali por um bom tempo, horas, na verdade. Assim que sair constatei que já passava de meio-dia. Nu e molhado me jogo na cama e meus pensamentos me consomem. Ligo novamente para ele.— Papai! O que mamãe Enzo tem? — vejo que não estão no quarto de antes esse, as paredes são azuis — A mamãe não quer mais falar com você, você brigou com a minha mamãe papai?— A gente discutiu filha, cadê sua mãe? — Pergunto de modo a me desculpar.— Foi cuidar de dodóis, já mudamos. Aqui o chão é melhor. — fico feliz em saber disso — Ela tá triste papai! Para de brigar com a mamãe Enzo por mim, eu não gosto de ficar vendo a mamãe chorando papai.— Prometo parar filha, na verdade, preciso fazer isso. Pede para ela me ligar quero me desculpar sei que fiz besteira. É que estou cansado e mui
Último capítulo