O bistrô Chérie Sabor é uma gracinha! A decoração é linda e elegante, com desenhos da famosa Torre Eiffel nas paredes e um cantor cantando uma música francesa no palco que nunca ouvi. A única coisa que não gosto é da garçonete atirada que dá em cima do meu marido; ela só falta sentar no colo dele.
— Minha filha, você tem algum problema de visão?
Digo, irritada.
— O que disse, senhora?
— Está me vendo aqui?
— Claro que estou te vendo. A sua irmã é engraçada, gato.
Diz, sentando no colo de Dante. Me levanto e a empurro.
— Ficou louca?
— Louca é você! Aqui é um restaurante, e não um cabaré.
— Minha esposa tem todo o direito de ter essa reação.
Dante vai na direção da abusada com intenção de ajudá-la a levantar.
— Nem pense nisso!
Digo, o impedindo.
— Você que manda, senhora Montgomery.
— É isso aí! Eu que mando. Ainda bem que sabe.
Sorrimos, nos encarando como se fossemos um casal de adolescentes no primeiro encontro.
— Essa mulher não é adequada para você, gato.
A piranha interrompe nos