Angélica

Às vezes, a vida te obriga a tomar decisões impulsivas e malucas; no meu caso, não é a vida que está me obrigando, e sim os inimigos do homem que amo. A cobra da Celina não para de atormentar Dante com mensagens ameaçadoras. Ela quer toda a fortuna do meu marido em troca da minha liberdade, mas eu sei que aquela bandida maldita vai entregar a arma para a polícia mesmo assim. Ainda não acredito que ela é minha avó. Celina deveria me amar incondicionalmente e não querer minha cabeça em uma bandeja de ouro.

Já decidi: vou me afastar de Dante! Vai doer, mas é preciso. Liguei para Théo, e ele prometeu me ajudar. Já tenho tudo planejado. Vou fazer uma armadilha para a “vovó do mal”. Termino de escrever a carta, e lágrimas rolam pelo meu rosto, molhando o papel. Deixo a carta na mesa do escritório de Dante. Pego minha mala e caminho para fora, indo ao encontro do Uber que pedi. Olho uma última vez para a mansão imponente que foi meu lar e entro no carro. Lágrimas embaçam minha visão