Rodrigo
— Eu não sou assassino!
— Deixa de ser frouxo, Rodrigo! Atira logo na vagabunda!
— Não! Por favor!
Os gritos de Scarlett me fazem soltar a arma. Retiro as luvas. Minha avó decidiu mudar o plano de matar meu tio. Em vez disso, quer tirar a vida da ex-mulher de Dante e colocar a culpa em Angélica. Queria saber o motivo do imenso ódio que dona Celina sente por ela.
— Eu não posso fazer isso. Vamos matar meu tio; ele é nosso inimigo.
Ela revira os olhos.
— Meu plano é perfeito! Com a garrafa que a Zuleide conseguiu, com as digitais da Angélica, vou negociar a liberdade dela. Seu tio, como todo tolo apaixonado, vai fazer de tudo para salvar a esposa.
— Não conte comigo! Só quero prejudicar o desgraçado do Dante. Angélica está grávida. Eu tenho raiva dela… mas…
Ela me interrompe.
— Ainda gosta da ordinária. Escuta aqui, Rodrigo: ou você está do meu lado, ou está contra mim.
— Estou do seu lado, vovó.
— Ótimo.
Ela coloca as luvas e pega a arma.
— Deixa que eu faço.
Scarlett tenta se