acabou o sofrimento.
Dante
Observo Angélica brincando com um cachorro vira-lata, jogando uma bolinha para o animal, que a traz de volta; e minha esposa joga outra vez. Quando me vê, seu sorriso some. Me aproximo lentamente, a envolvo em meus braços como se tivesse ficado um século sem vê-la. Ela se afasta.
— Como conseguiu convencer Théo a revelar meu esconderijo?
— Ameacei arrancar as mãos dele.
— Desculpa, Angélica, mas você sabe que eu preciso delas para trabalhar. O que seria do mundo sem um cabeleireiro magnífico como eu?
Théo diz, se aproximando.
— O que houve com seu nariz?
Pergunta minha diabinha, encarando o curativo no nariz do idiota do amigo.
— Adivinha…
Aponta para mim.
— DANTE!
Grita, com a desaprovação evidente no olhar.
— Angélica, eu é que deveria estar com raiva. Você fugiu!
— Eu preciso ficar escondida, Dante. Celina me odeia; ela vai me colocar na prisão mesmo que você abra mão de toda a sua fortuna.
Diz, nervosa.
— Angélica, por que não me contou do seu plano maluco? Eu teria fugido