A batalha havia terminado, mas o peso da vitória recaía sobre os ombros de Kael. Ele podia sentir o resquício do poder de Fenrir pulsando dentro de si, como uma fera inquieta tentando romper suas correntes. A noite estava fria, e o silêncio da floresta era apenas um prenúncio da tempestade que se aproximava.
Lírica ainda o segurava firme, como se temesse que ele desaparecesse se o soltasse. O calor de seu corpo contrastava com a brisa cortante da madrugada, e Kael se permitiu fechar os olhos por um momento, absorvendo aquela sensação.
— Eu achei que te perderia. — Ela murmurou contra seu peito.
Ele deslizou os dedos pelos cabelos dela, pousando a mão em sua nuca com delicadeza.
— Eu também.
Malthus limpava o ferimento no ombro, observando os dois com um olhar pensativo.
— Se vamos sobreviver a isso, precisamos agir rápido. Gregor não voltará sozinho da próxima vez.
Kael se afastou levemente de Lírica, assentindo.
— Você mencionou um lugar onde eu poderia aprender a controlar isso... —