A noite parecia mais escura do que o habitual, como se o confronto com Malik houvesse perturbado o equilíbrio da própria floresta. Kael e Lírica se moviam em silêncio, seus corpos e mentes ainda cansados da batalha. Mas o peso maior vinha das palavras de Malik. Ele sabia algo que Kael não entendia totalmente — algo sobre o Coração de Noctis e o poder que ele carregava.
— O que ele quis dizer com aquilo? — Lírica perguntou finalmente, quebrando o silêncio. — Que o Coração vai consumi-lo?
Kael apertou o punho ao redor do medalhão em seu peito, sentindo o calor pulsante contra sua pele. Era um lembrete constante de sua ligação com o artefato, e, apesar de suas tentativas de controlá-lo, ele sabia que havia uma verdade sombria nas palavras de Malik.
— O Coração é uma arma, Lírica. Uma arma que escolheu a mim, mas que também me manipula. Cada vez que o uso, sinto como se uma parte de mim fosse consumida.
Lírica parou, segurando o braço dele para que se virasse e a encarasse.
— Então vamos