O dia estava, com certeza, prevendo algo que logo aconteceria, pois estava feio, triste e cheio de nuvens pesadas. Joseph sentou-se ao lado de Cora, que descansava. Ele havia finalizado o trato de deixá-la com Tomaz, embora não confiasse totalmente naquele homem magro e estranho. Algo, porém, incomodava Joseph: por que Cora não tinha nenhuma semelhança com sua família? Era muito estranho. O cabelo, a aparência — tudo nela o intrigava.
Ele sabia quem havia roubado os filhos dos Moreau — não era segredo para ninguém em Niveal —, mas nunca havia se interessado pelo que o raptor fizera com aquele bebê. Até hoje. Seus olhos não conseguiam parar de analisar Cora.
Ele se perguntava quem os havia drogado, mas essa não era uma preocupação imediata.
Cora sentou-se ao lado dele e o encarou. Cora não era o tipo de garota que se apaixona ou que se permite achar homens bonitos. Mas algo em Joseph a fazia sentir uma atração fatal. Ao, sem querer, olhar em seus olhos, ela sentiu um arrepio que su