capitulo 3-Destinados

— Minha! — rugia Sion em minha mente. Ele estava frenético. Meu lobo era exigente, ciumento, nunca se satisfazia quando eu buscava alívio em outras fêmeas. Agora, enfim, ele teria paz.

O cheiro dela — pimenta rosa e chocolate amargo — me entorpecia, cada vez mais intenso, mais viciante, invadindo meus sentidos como uma tempestade quente. Era como se o universo tivesse conspirado para entrelaçar nossos caminhos, e agora que ela estava ali, tudo em mim clamava por completude.

— Companheira... — murmurei, enfim, em voz alta. Meu corpo incendiou por dentro, e a palavra saiu como um voto sagrado. Dei dois passos em sua direção. Ela parecia confusa, sim, mas seus pés não se moveram, seus olhos não desviaram dos meus. A peguei nos braços com facilidade, com reverência, como se carregar um pedaço do destino em carne e osso exigisse cuidado e desejo ao mesmo tempo. Levei-a até meus aposentos, onde minha alma e meu corpo esperaram séculos por ela.

Ao tocá-la, uma onda de eletricidade percorreu minha pele. Não era apenas atração — era como se algo ancestral despertasse. Quando a coloquei no chão do quarto, seus olhos já não eram só dela. Um violeta etéreo tingia suas íris, sua aura brilhava com uma força quase divina. Ela não era apenas uma loba. Era lycan. Uma deusa entre nós. O sangue antigo pulsava nela com orgulho e poder.

Prêmio dobrado.

Filhotes mais fortes que o pai... mais rápidos, mais selvagens, mais nossos.

Inclinei-me e a beijei devagar, saboreando a juventude e o destino que nos ligava. Inspirei seu aroma em seu pescoço. Sion quase uivava de contentamento, e meu coração, que era feito de aço e guerra, se derretia em devoção.

— Marque-a como nossa! — ele implorava, selvagem, em minha cabeça. — Agora! Antes que seja tarde!

— Vamos dar prazer à nossa fêmea, Sion... — sussurrei, traçando o dedo sobre o decote dela. Sua pele se arrepiava sob meu toque, e seus olhos me encaravam, entre confusos e rendidos. Ela não recuava. Não protestava. Mas havia hesitação. Eu podia sentir.

Comecei a beijá-la com a urgência de anos de espera. Ela tocou minhas mãos e tentou falar, sua respiração já entrecortada:

— Po... podemos conversar primeiro?

Sua mente resistia. Lutava contra o laço. Ela queria racionalizar, talvez entender. Mas seu corpo... seu corpo já era meu. E se eu não a tomasse hoje, se eu hesitasse, o rei me arranjaria outra. Uma aliança política, uma união estratégica. Outra fêmea qualquer para gerar meus herdeiros.

Outra. Que não era ela. Que nunca seria.

Isso era inaceitável.

Deslizei as mãos por seu corpo, sentindo a tensão se dissolver em desejo. Apertei seu traseiro firme e ela arfou. Subi seu vestido com calma enquanto lambia seu pescoço, o ponto exato onde deixaria minha marca. Ela se esfregava contra mim — o laço a fazia entrar em cio, o instinto querendo vencer a razão.

Desci a mão até encontrar seu ponto de prazer e ela se desfez ali, em meus dedos, como se tivesse esperado por isso a vida inteira. Sua boca entreaberta, olhos semicerrados, respiração entrecortada... memorizei tudo. Cada reação, cada som. Ela era música para meu caos.

Deitei-a na cama, rasguei o vestido com um puxão só. Seus seios cheios e firmes cabiam perfeitamente nas minhas mãos. Introduzi um dedo. Ela gemeu alto. O som dela era como um feitiço, algo que se infiltrava em mim e me acorrentava para sempre.

Não era virgem.

Melhor. Eu não precisava conter minha fome. Não correria o risco de feri-la, e eu estava faminto por ela como um lobo que esperou por uma eternidade.

Tirei o dedo, posicionei-me entre suas pernas, levantei uma em cada braço e a penetrei fundo, ferozmente. Ela gemia e rosnava, completamente entregue. Meu lobo ronronava de felicidade — nunca o vi tão pleno. Meu pau latejava com força, os músculos tensos como cordas de um arco pronto para disparar flechas de puro desejo.

Gozei bem fundo dentro dela. Meu instinto queria marcar, selar, fundir.

Ela, suada e ofegante, parecia retornar ao próprio corpo. Seus olhos buscaram os meus com algo que misturava confusão e entrega.

— Você tem... preservativos no quarto? — perguntou, entre suspiros.

Que tipo de pergunta era essa?

— Tenho... mas você é minha companheira — sussurrei em seu ouvido, vendo os arrepios tomarem sua pele.

— Podemos conversar sobre isso... eu... — murmurou, sem saber como continuar.

Ela se levantou e foi para o banheiro. Rosnei como um filhote frustrado. Eu, que não era mais adolescente, me via à beira da loucura por ela. Fui atrás, meu corpo ainda rígido como pedra.

Ela estava sob o chuveiro, ensaboando-se, cada gesto seu uma provocação. Um gemido escapou de seus lábios e eu soube — satisfazê-la seria minha missão eterna. Nenhuma outra importava.

Peguei o sabonete e comecei a esfregar suas costas. Ela gemeu ao meu toque. Desci as mãos até suas coxas, largando o sabonete. Nunca foi ele que me interessou.

Toquei cada curva de seu corpo, beijando e mordiscando seus lábios. Ela gemeu alto. O som dela se tornou necessidade. Fome. Devoção.

Posicionei-me em frente a ela, a levantei contra os azulejos, de costas para a parede. Meus braços envolviam suas pernas e a penetrei devagar, firme, encarando-a nos olhos. Queria que ela soubesse: era minha. E eu, dela. Sem volta.

Sua buceta me apertava com intensidade, e meu corpo inteiro vibrou. Gozei dentro dela, e dessa vez, a mordi. Marquei. Completei o destino.

Foi a sensação mais intensa da minha vida. Um curto-circuito em cada centímetro da minha pele. Como se o universo tivesse, finalmente, respirado em alívio.

— Você vai me engravidar... — ela disse, quase em transe, querendo descer.

Eu a segurei mais firme, meu pau ainda latejando dentro dela.

— Eu sei... — sussurrei por fim. E dentro de mim, Sion uivava de pura felicidade.

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