Lívia
Os olhos verdes flamejantes de Amiel se acalmaram quase instantaneamente. Eu podia jurar que o Antero teve dedo nisso. Ania voava em direção ao Atenor.
— Meu lobinho, o que aconteceu com seu rosto? — Ela já o iluminava com suas luzinhas curativas. Ele deitou a cabeça no sofá, se aproveitando descaradamente dos cuidados da minha fadinha.
Amiel começou a zombar de Atenor por causa do apelido, e eu aproveitei a deixa para subir. Senti Antero logo atrás de mim. Ele me guiava com sua mão forte na cintura, aqueles choques que só suas mãos me causam.
No quarto, seu cheiro me envolvia. Ele passou as pontas dos dedos pela minha nova marca, o que me desconcertou um pouco. Era a prova física do que eu havia feito.
Ele sugou sua própria marca em mim com intensidade, e meu corpo inteiro respondeu com descargas elétricas da cabeça aos pés.
— Como se sente sobre isso? — perguntei e engoli em seco esperando a resposta
— Que terei que parar de ter sonhos matando meu beta... agora