Falcão remexeu-se na cama, descobrindo que o peso habitual no seu braço tinha desaparecido. Os seus olhos abriram-se e ele levantou-se demasiado depressa na cama. Olhou à volta do quarto e descobriu que só estava ele.
-Prata?- franziu o sobrolho.
Levantou-se rapidamente da cama e procurou na casa de banho, mas o resultado foi o mesmo.
-Merda- grunhiu ele, vestiu umas calças e uma camisa meio abotoada e saiu a correr.
Depois do que aconteceu ontem à noite, a ideia de o seu ómega estar longe dele deixava-o louco. Aquela casa, onde ele tinha vivido durante tantos anos e que considerava o seu lar, não era agora um sítio seguro. Não com a sua mãe por perto. Correu pelo corredor à procura dela, seguindo o seu cheiro até que, no primeiro andar, encontrou o pai no átrio, que parecia estar de saída.
-Falcão, bom dia- cumprimentou com uma calma inata.
-Viste o meu ómega?- o alfa estava tenso e a sua respiração saía em baforadas da boca enquanto fazia uma pausa.
O pai baixou a cabeça.
-É suposto