191- Eu amo desde que era uma menina.
Uma van chegava em um galpão antigo, debaixo das trepadeiras que cobriam quase toda a fachada, paredes vermelhas descascadas e desbotadas pelo tempo.
O galpão ficava em um bairro industrial desativado, na periferia de Zurique.
O bairro havia se transformado praticamente em uma mata, apenas uma estrada sinuosa e estreita de cascalho levava até o galpão, no fim da estrada.
Um homem alto e forte vestido com um jaleco branco, tirou uma garota grávida, mas que não pesava mais que sessenta quilos da van, ele a carregava sem dificuldades pelo caminho estreito entre as árvores.
No céu nublado, algumas nuvens em tons de cinza, laranja e vermelho, o sol estava se pondo e parecia que uma chuva poderia cair a qualquer momento, já que raios iluminavam, de tempos em tempos, as nuvens ao longe.
Ele a colocou sobre uma cama velha, mas limpa. Ao olhar seu rosto sob a fraca luz de uma lâmpada incandescente, que deixava o local meio amarelado, sentiu seu coração apertar, mas a amava tanto que não sup