Quando saiu do banho, ainda perturbado, ouviu vozes vindo do andar de baixo. Álvaro franziu o cenho. Ele, Isabele e Davi eram os únicos na casa – ou pelo menos era o que ele pensava. Ao reconhecer a outra voz, um sentimento corrosivo de ciúme tomou conta dele.
Vitor.
O que aquele idiota estava fazendo ali, e tão tarde da noite? Álvaro vestiu rapidamente uma calça de moletom escura, as roupas ainda espalhadas pelo closet do quarto que passaria a ocupar, e desceu as escadas com passos firmes, a mandíbula travada.
A visão que encontrou fez sua raiva crescer ainda mais. Isabele e Vitor estavam sentados no sofá da sala, rindo e conversando com intimidade desconcertante. Ela nunca sorriu assim para ele, nunca desde que chegou. Aquilo foi o estopim.
Sem pensar, Álvaro atravessou a sala em poucos segundos e, sem cerimônias, empurrou Vitor pelo peito, afastando-o de Isabele bruscamente.
— Que diabos você pensa que está fazendo aqui? — sua voz saiu baixa, carregada de ameaça.
Isabele