A cozinha estava tomada por um aroma envolvente, uma mistura de ervas, alho e azeite que preenchia cada canto do ambiente com uma promessa de conforto. Adam movimentava-se entre a bancada e o fogão com uma naturalidade impressionante. Cortava os legumes com precisão, mexia a panela com elegância - seus gestos eram firmes, concentrados, quase coreografados.
Julia, encostada à bancada de mármore, o observava em silêncio, os braços cruzados e os olhos fixos naquele homem que, mesmo depois de tantos altos e baixos, ainda conseguia mexer com ela com um simples gesto. As mangas da camisa estavam dobradas até os cotovelos, revelando os antebraços definidos. Alguns botões abertos deixavam à mostra parte do peito e, com os cabelos ligeiramente caídos sobre a testa, Adam parecia uma pintura viva - um chef charmoso, exalando uma sensualidade natural que a fazia sorrir por dentro.
- Você devia mudar de profissão - disse ela, cruzando os braços e lançando um sorriso provocador. - Aposto que evitar