Viver para te Amar
Viver para te Amar
Por: LUCIANA SILVAH
Capítulo 1-Encontros do acaso

Nada na vida é por acaso, Cláudia sabe disso, daquele fatídico encontro, nasce uma grande e avassaladora paixão, repleta de enganos, desilusões e tristezas.

   César Augusto foi cercado por três carros a caminho de sua casa, seria uma armadilha do seu inimigo para tirar-lhe a vida. Seu carro foi alvejado por tiros, se não fosse a forte blindagem, ele e todos os passageiros teriam morrido na hora, como uma armadilha do seu opositor e do destino, seu carro virou sucata e foi arrastado até um penhasco em uma estrada quase que abandonada, naquele dia, uma forte tempestade se alastrou e a chuva teimava em cair, enquanto que ele ferido ,lutava por sua vida.

Um dia chuvoso fez com que Cláudia mudasse sua rota de volta para a sua fazenda Sol Nascente. Devido aos fortes ventos e a enxurrada, um grande árvore tombou tomando a estrada , a obrigando a ir pelo caminho da montanha, seu Jipe, fiel companheiro, conhecia bem aquele terreno íngreme e de solo arrenoso, embora não gostasse daquele caminho a noite, não restou outra opção a não ser se ariscar por aquele traiçoeiro caminho.

A chuva caía forte, os pingos tomavam conta do para-brisas do carro, relâmpagos clareavam a estrada mais forte que o próprio farol do belo automóvel.

-Que tempestade terrível,tenho que ter mais cuidado, pode haver deslizamentos nessa área.

Cláudia sabia dos perigos daquela região, pois parte dali pertencia a ela, desde pequena viveu com seus falecidos pais, agora que eles estão mortos, tudo pertence a ela. Mal terminou de falar e em uma curva, um clarão forte de um relâmpago seguido pelo estrondoso som do trovão fez com que algo fosse refletido; um carro preto abaixo do penhasco, a fazendo frear bruscamente. Ela ficou alguns segundos apertando forte o volante, tentando se acalmar do susto que acabou de levar.

Um pouco mais calma, vestiu sua capa de chuva e desceu do seu Jipe, ficando no meio da chuva e se aproximando do penhasco.quando avistara melhor o carro, ela gritou alto para que mesmo com o barulho da chuva que caia , desse para alguém dentro do carro escutar.

-Tem alguém ai? Oiie?

Esperou por respostas, mais como não obteve naquele momento ia virando de costas, quando escutou um som de buzina vindo de baixo aonde estava o carro preto. Seu coração palpitou forte e ela virou na direção do som.

-Está ferido? se estiver , der uma buzinada longa e se não estiver , buzine duas vezes seguidas.

Claudia disse e obteve como resposta uma buzinada longa.

_Consegue se mexer?

E ela novamente obteve uma buzinada longa se referindo ao sim.

_No meu Jipe tenho cordas e equipamentos para escaladas, vou lá pegar e lançarei uma corda para que você se segure .

Cláudia sabia que não tardaria até o carro despencar do penhasco, já que o carro estava apenas suspenso por alguns galhos de arvores e eram somente este que o impedia de cair.

Assim ela fez, foi o mais rápido possível até o jipe, pegou os equipamentos e lançou a corda para baixo em seguida ela perguntou:

_Você consegue amarrar a corda envolta de você?

E ela obteve como resposta duas buzinadas seguidas, o que significava que não era possível que o tripulante do carro conseguisse .

_Então, eu vou descer até aí para te ajudar!

Claudia sempre fez escaladas, na sua fazenda tinha belas grutas e montanhas, o que era ideal para praticar o esporte radical, em decorrência disso ela adquiriu bastante experiência ao longo dos seus 28 anos de idade. No entanto, dado a sua experiência, ela sabia a gravidade da situação, fortes chuvas naquela região sempre indicada deslocamentos e qualquer passo em falso custaria a sua própria vida.

Ela colocou os equipamentos de segurança, amarrou a corda no jipe e desceu devagar até onde o carro estava suspenso, este estava a cerca de 4 metros abaixo dela . O terreno estava escorregadio dificultando a descida, mais quando seus pés finalmente tocaram o capota do carro ela ficou em pé com cuidado, analisando se os galhos suportariam o peso extra, quando viu que poderia suportar por um tempo, ela disse :

-tente abrir a porta para eu colocar a corda dentro do carro, tem quantas pessoas ai dentro com você?

_4 pessoas.

-4 pessoas? então será um pouco mais complicado, terá que subir uma por uma.

-Não é necessário!

Falou a voz masculina de dentro do carro.

-Porque não?

Houve uma pequena pausa para que ele respondesse e quando respondeu disse:

-Os outros estão mortos.

Ao ouvir isso, foi inevitável, Cláudia não sentir um frio na espinha,tentou parecer

o mais calma possível quando viu a porta se abrir e ela jogar a ponta da corda para dentro do carro.

-Então amarre a corda em você.

-Não consigo, meu ombro direito esta preso e a minha perna também. Não consigo me mover muito, a porta eu abrir porque estava destravada.

A situação só piorava e ela estava ciente disso, era uma corrida contra o tempo para salvar a vida daquele homem desconhecido.Com destreza, ela conseguiu entrar pela porta do carona, onde exatamente estava o cara, ao adentrar dentro do veículo, ela analisou a situação, o motorista estava morto com a cabeça encostada no volante, um corpo estava do lado direito do sobrevivente e outro do lado esquerdo, ambos estavam mortos, tinham várias marcas de tiros principalmente na cabeça e o cara que estava vivo, também estava gravemente ferido, seu ombro direito estava ferido e preso, a perna estava presa e sangrando também.

Cláudia parou para olhar o rosto do cara, seus cabelos eram levemente escuros e lisos, barba bem feita e bem aparada, corpo robusto e bem vestido. O homem também nesse tempo parou para olhar-la, aparentando surpresa, pois em sua mente a sua salvadora era uma mulher bastante forte e com feições masculinas , no entanto em sua frente estava uma mulher delicada e não muito alta , ela tinha apenas um metro e sessenta e oito, cinquenta e oito quilos bem distribuídos ao longo do seu corpo.

_Eu vou tentar suspender um pouco o banco, assim que sentir sua perna livre puxe bem rápido, não temos muito tempo, temos que sair daqui o mais rápido possível.

Alertou ela ao ouvir o ranger dos galhos, alertando que logo cederiam e o carro cairia penhasco abaixo.

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