NATHAN
Era seguro assumir que ele sabia quem eu era. Por que diabos deixei que ele me provocasse daquele jeito, como se eu fosse um amador? Merda! Eu sabia que algo assim podia acontecer, antecipei cada movimento dele, mas não previ que perguntaria sobre meu passado.
Eu precisava tirar minha mãe de lá o quanto antes. Peguei o celular e disquei o número dela. Não demorou para que sua voz soasse do outro lado da linha.
— Nathan, filho, como você está?
Eu não tinha tempo para formalidades. Mas tinha que engolir ou ela arrancaria minha cabeça.
— Estou bem, mãe, e você, como está?
Ela riu baixinho.
— Estou bem, ficando velha, mas bem.
Ela dizia isso todas as vezes que eu ligava.
— Certo, mãe, quero que faça as malas. Alguém vai passar de manhã para te buscar e trazer para minha casa.
Ela suspirou, e eu já sabia que vinha reclamação.
— Nathan, não quero sair da minha casa. Se você quiser me ver, pode vir aqui.
Aí estava, exatamente o que eu esperava que ela dissesse.
— Mãe, por favor, só des