OLIVIA
Assim que saí da minha sessão de terapia, percebi que meu marido não estava por perto, enquanto as palavras trocadas ainda pesavam sobre o meu peito, embora uma sutil sensação de alívio começasse a se infiltrar, trazendo de volta uma leveza que eu não sentia havia semanas.
Como ele não estava por perto, sentei-me na cadeira do lado de fora, sentindo o ar fresco bater no rosto, em contraste com o calor que vinha se acumulando dentro de mim por tanto tempo, e peguei o telefone e disquei seu número — meu polegar hesitou antes de apertar ligar.
Não demorou para que ele atendesse, dizendo:
— Oi, amor. — Com uma mistura de preocupação e incerteza na voz. — Terminou?
— Sim. — Respondi suavemente, tentando disfarçar o cansaço que começava a se infiltrar. — Só estou esperando por você agora.
Eu não me importava de esperar, pois já tinha aceitado que a cura não era algo rápido e que a sessão, ainda que não tivesse abordado tudo o que havia acontecido, tinha ajudado, ou melhor, tinha sido