OLIVIA
Eu não sabia por quanto tempo tinha ficado inconsciente, nem por que havia perdido os sentidos, com os pensamentos ainda embaralhados. Entretanto, ao abrir os olhos, tudo mudou. Ali, sentado em silêncio ao meu lado, estava Marcus, com a cabeça apoiada na beira da minha cama.
A presença dele me transmitia conforto, embora ainda houvesse uma névoa encobrindo meus pensamentos e, por isso, eu me perguntava: "Como ele tinha chegado ali? Quando? Será que alguém o havia chamado ou ele viera por conta própria?" Eu não conseguia me lembrar dos detalhes, contudo, de algum modo, a força silenciosa dele me ancorava, de forma que eu sentia como se fosse a única coisa sólida em meio ao caos.
Enquanto tentava organizar as ideias, ainda lutando para juntar as peças do que havia acontecido, Marcus se mexeu e, de repente, um leve gemido escapou dele ao piscar os olhos, despertando devagar. Quando o olhar dele encontrou o meu, vi o alívio inundar sua expressão e, sem dizer uma palavra em primeiro