POV: LUANA

Ele se aproxima lentamente até encostar seus lábios nos meus. Respirei fundo, sentindo o meu coração quase sair pela boca. Então, ele me beijou.

Foi um beijo intenso, profundo, carregado de sentimento. E borboletas explodiram no meu estômago. Eu correspondi na mesma intensidade, sentindo cada segundo como se fosse único. Agora eu tinha certeza: eu estava apaixonada.

Ele se afastou devagar, respirando ofegante.

— Desculpa, Lua… isso foi um erro. Não deveria ter acontecido. — disse, com dor no olhar, antes de sair rapidamente.

Fiquei ali, parada, sentindo meus lábios formigarem e meu coração doer.  Logo após tentei ir atrás dele, mas não o encontrei. Mas naquele momente eu tive a certeza, era ele: Ele era meu primeiro amor.

(...)

No dia seguinte, quando voltei para a ONG, todos estavam em atividades, menos João. E em meio ao impulso resolvi ir procurá-lo.

Quando cheguei no quarto, a porta estava entreaberta. Então entrei sem bater, e quase perdi o fôlego ao vê-lo ali, de costas para mim, usando apenas uma toalha enrolada na cintura.

Seu corpo era magro, mas ainda havia marcas do que antes foi um físico definido. Meus olhos percorreram suas costas largas até ele se virar devagar. E Meu coração disparou.

— Perdão… eu entrei sem bater — falei baixo, completamente envergonhada, virando as costas imediatamente, sentindo meu rosto arder.

— Espere… — disse ele, com a voz trêmula.

Respirei fundo antes de virar apenas o rosto em sua direção.

— Posso ajudar em alguma coisa? — perguntei, tentando soar firme.

Ele me olhou sério, como se estivesse lutando contra algo dentro dele.

— Eu só queria pedir desculpas por ontem… — disse, com um tom pesado, de arrependimento.

Eu virei meu corpo para ele, encarando seus olhos. Dei alguns passos à frente, sentindo meu peito subir e descer de nervoso.

— Foi tão ruim assim? — perguntei, me aproximando ainda mais, até sentir sua respiração no meu rosto.

— É que… — João tentou falar, mas antes que completasse a frase, o interrompi com um beijo suave.

Ele ficou imóvel por um segundo, mas logo passou os braços ao redor da minha cintura, aprofundando o beijo. Sua língua buscava a minha com urgência, e logo estávamos nos beijando com intensidade, como se aquilo fosse a única forma de respirarmos.

Senti seu membro endurecer contra meu corpo. E meu coração batia tão forte que doía. Eu tremia, mas não era medo… era desejo.

Ele foi me deitando na cama devagar, subindo sobre mim com cuidado. Seus lábios exploravam minha boca, depois meu pescoço, causando arrepios por todo o meu corpo. Fechei os olhos, sentindo suas mãos me tocarem como se quisesse memorizar cada centímetro.

Meu corpo queimava sob o dele. Eu sentia um frio intenso na barriga, as mãos suadas, a respiração falha. Mas, ao mesmo tempo, tudo parecia certo. Eu queria que fosse com ele.

Quando percebi, minhas roupas já estavam no chão. Ele me olhou, respirando pesado, como se eu fosse algo precioso demais.

No momento em que estava prestes a me penetrar, ele parou. Seu olhar encontrou o meu, sério, confuso, e tenso.

— Lua… você é virgem? — perguntou, com a voz rouca, acariciando meu rosto.

Minha respiração estava tão rápida que eu mal conseguia falar. Apenas confirmei com a cabeça, sentindo meus olhos arderem.

Ele respirou fundo, fechou os olhos e se levantou de repente, passando a mão pelos cabelos e virando as costas para mim.

— Eu não posso fazer isso… Lua, vai embora, por favor. — disse, com a voz baixa e dolorida.

Levantei devagar, caminhei até a porta, fechei-a com a chave e voltei, abraçando-o por trás, sentindo seu corpo tremer.

— Mas eu quero… e quero que seja com você. — falei, com a voz trêmula, mas cheia de verdade.

Ele se virou, com os olhos marejados, e acariciou meu rosto com tanta delicadeza que me fez chorar sem perceber.

— Lua… eu não posso. Eu não tenho mais nada a te oferecer. Você não pode perder algo tão valioso com alguém como eu. Você ainda é uma menina… — disse, mas antes que continuasse, eu o interrompi.

— Você tem o melhor que alguém poderia me dar: o seu coração. E é isso que eu quero, João. Quero que seja com você… o meu primeiro e único amor. — falei, colocando minha mão em seu peito, sentindo seu coração bater tão rápido quanto o meu.

Ele me puxou para um beijo, e dessa vez foi diferente. Não havia apenas desejo, mas amor, carinho e entrega.

Ele me deitou novamente, se posicionou entre minhas pernas e seus beijos desciam pelo meu pescoço até meus seios. Eu gemia baixo, sentindo cada parte de mim acender. Ele me olhou nos olhos antes de entrar em mim, como se pedisse permissão pela última vez. Segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos, e entrou devagar, com calma.

A dor veio rápida, como um corte, e eu gemi baixinho, mas logo senti calor e prazer substituindo aquela sensação. Ele parou, me beijou, enxugou minhas lágrimas, me olhando com amor.

— Está doendo muito? — perguntou, com a voz falha.

— Não… continua, por favor… — pedi, sentindo meu corpo relaxar aos poucos.

Ele começou a se mover devagar, com cuidado, até encontrarmos um ritmo perfeito. O prazer foi crescendo, junto com um sentimento tão profundo que eu mal conseguia descrever.

Naquele momento, não existia medo ou insegurança. Existia apenas nós dois.

Ele me amou com tanta delicadeza e paixão que senti cada parte de mim se entregar a ele, não apenas meu corpo, mas minha alma e meu coração.

Quando tudo terminou, ele me abraçou forte, como se quisesse me proteger do mundo. Fiquei ali deitada sobre seu peito, ouvindo seu coração bater acelerado, até perceber a hora.

Vesti minhas roupas rapidamente. Antes de sair do quarto, olhei para ele uma última vez. Naquele olhar silencioso, eu soube: mesmo que o mundo fosse contra, meu corpo e meu coração já eram dele para sempre.