Os dias na alcateia passavam mais silenciosos para Mara. Depois de tantas tensões, das visitas do Conselho e das acusações, parecia que uma calmaria estranha havia se instaurado. Mesmo assim, em seu coração, ela sentia um vazio difícil de explicar. Arthur e Apolo eram sua âncora, mas havia alguém que começava a ocupar um espaço inesperado em sua vida: Amanda, a irmã silenciosa dos gêmeos.

Amanda tinha uma presença suave, quase etérea. Seus olhos eram profundos e cheios de sentimentos, e mesmo sem falar, parecia ser capaz de dizer mais do que qualquer um. Mara havia notado desde o início que a jovem a observava de forma diferente dos outros membros da alcateia. Não havia julgamento em seu olhar. Não havia rancor ou desconfiança. Apenas uma curiosidade calma, misturada a uma certa tristeza que Mara ainda não entendia.

Naquela noite, depois do jantar, Mara estava sentada na varanda, olhando a lua cheia se erguer por entre as árvores. O brilho prateado parecia aquecer sua pele, como se ti