Capítulo 127
Vinícius Strondda
Eu não sou um homem paciente. Nunca fui.
Tudo em mim foi moldado pra tomar, decidir, dominar antes que alguém tente fazer o mesmo comigo. E Lucia… Lucia sabe disso. Sabe exatamente onde tocar sem tocar. Onde olhar sem pedir.
Ela me provoca porque confia, e essa confiança é o que mais me enlouquece.
Quando a puxo de volta pra mim, não é com delicadeza, é necessidade. É instinto velho, sujo, enraizado em anos de sangue e poder. A sala desaparece. A ilha some. Não existe nada além do corpo dela reagindo ao meu comando silencioso.
Quando a empurro contra o sofá e sinto o corpo dela ceder, não é só desejo. É posse. É aquele impulso antigo de marcar o que é meu antes que o mundo ouse encostar. A casa está fechada, trancada, muda. Do lado de fora, o mar. Aqui dentro, só o som da respiração dela acelerando conforme entende que eu não vou aliviar.
Nunca alivio.
Arranco o último pedaço de tecido do caminho com os dentes, a calcinha. Não por p