Capítulo 79
Lucia Bianchi Strondda
— Quem tocou na minha esposa? Quem falou merda para a dama da máfia Strondda? Levanta a mão.
Ninguém levantou. As vozes secaram. Alguns olharam pra mim como se eu fosse a culpada por ocupar aquele silêncio. Outras desviaram os olhos.
— Vocês são funcionárias daqui — disse Vinícius, apontando pra fila de mulheres amontoadas nos cantos — Quem trabalha aqui tem responsabilidade pelo que acontece nas nossas paredes. E Lucia é minha esposa. Devem obediência e respeito a ela.
Uma das “puttanas” arregalou os olhos, a maquiagem borrada, a roupa amassada e suja de tinta; outra encolheu-se, como se quisesse sumir sob o palco. Todas sujas e escorrendo na boate. Vinícius não se deu ao trabalho de perguntar detalhes. Provavelmente já sabia.
— Vocês vão pagar — decretou. — Mas não com dinheiro. Pagarão com trabalho e com lembrança.
Pensaram que podiam tocá-la. Eu não permito. Nem que a cidade inteira acredite que tem direito. Entendeu?
Dois dos seus