Capítulo 70
Don Vinícius Strondda
Fechei a porta do banheiro. O mundo ficou do lado de fora, engolido pelo ruído distante de pratos e conversas que, ali, já não significavam nada. Aqui dentro, só eu, ela, e a porra do meu pulso batendo mais rápido do que deveria. Meu pau latejando de desejo.
— Vou te pegar de jeito ragazza. Vou te comer aqui mesmo e vai gostar tanto que vai querer repetir.
Encostei Lucia na parede de azulejos brancos. Fria. Segurei sua cintura com firmeza, dedos cravando como quem reivindica território. O vestido colou na pele e subiu um palmo quando passei a mão. Ela prendeu a respiração, quase um riso, quase um desafio. Che Cazzo! Que ragazza.
— Sabe o que você faz comigo, piccola? — minha voz saiu baixa, rouca. — Sabe e faz de propósito. Mas hoje sua beleza branca vai ficar parecida com a dos seus cabelos.
Ela ergueu o queixo, olhar faiscando de volta, como na sala do café. A fibra. A coragem. O veneno doce que me vicia.
— Então assume, Do