CAPÍTULO 14

BIA

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Eu era feliz.

Parece até estranho pensar nisso agora, mas eu era. Minha vida era simples, pequena, até limitada, mas, era feliz.

Depois que aquele homem horrível, que eu me recuso a chamar de pai, saiu de casa, tudo ficou mais leve. Nossa porta finalmente se abriu para a alegria, e a nossa mesa, mesmo com pouca comida, sempre teve abundância de amor.

Eu era a mais falante da casa. A mais brincalhona. A mais sensível também, mesmo tentando esconder.

Minha mãe sempre disse que eu era feita de luz, que mesmo quando tudo dava errado, eu achava um motivo pra sorrir.

Ela dizia que eu tinha um coração que enxergava beleza até em telhado quebrado.

Talvez seja por isso que doeu tanto perdê-la.

Minha mãe me ensinou tudo. A cozinhar, a cuidar da casa, a manter a fé nos dias ruins, a segurar firme nas minhas próprias pernas quando as coisas balançassem. Mas ela não me ensinou a viver sem ela. E isso… isso ninguém nunca poderia ter ensinado.

Quando ela se foi, eu perdi mais do que uma m
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