Mas antes que eu conseguisse sair, senti uma mão firme prender meu braço.
Virei-me pronta para atacar, mas era senhor Artur, e seus olhos carregavam a mesma força que sua voz.
_Leve ela para dentro, Enzo! Eu e seu pai conversaremos com sua mãe. Vá! Ela está tremendo.
Enzo balança positivamente a cabeça e me guia pelo corredor até um dos quartos da casa.
E sim, eu estava.
Tremia de raiva! Tremia de frustração! E, ironicamente, tremia mais de ódio de Enzo do que da mãe dele.
Ele me segurou pelo braço, mas eu tentei me soltar.
No esforço, meu pé torceu-se de lado, me oferecendo uma dor que veio como um raio, cortando meu tornozelo e subindo até minha cabeça.
_Aaaah! -gritei, socando a parede. _Droga!
A dor era lancinante.
Meu pé inchava diante dos meus olhos, ficando roxo e pesado como uma pedra.
Tampei a boca com força, tentando abafar o gemido que ameaçava escapar, e meus olhos marejados se perderam no teto.
Mas Antes que eu pudesse reagir, senti o mundo se mover de