Foi entre aquelas prateleiras que descobri a gravidez, o teste quase caiu da minha mão e meu coração disparou, as lágrimas vieram sem pedir permissão.
_Enzo a gente…
Pensei nele imediatamente, mas não fui atrás,não dessa vez.
_Eu consigo! Eu vou conseguir sozinha.-sussurrei para mim mesma, e senti uma força diferente nascer dentro de mim.
Haviam tempos difíceis, onde a lojinha não rendia e nem quilinhos de feijão eu tinha, o que era difícil para uma grávida.
Mas os vizinhos ajudaram.
Trouxeram comida, cuidaram de mim quando os enjoos apertaram.
E quando até Irma veio me visitar, com aquele olhar firme, ouvi dela o que mais precisava
_Você não está sozinha, Christine. Seja forte! Eu te coloquei nessa vida então, tenho que amenizar seu sofrimento de alguma forma.- ela falava com aquele olhar de mãe que eu não conhecia bem.
_ Irma, eu não estou sofrendo, só está um pouquinho apertado… Mas logo volta ao normal, a vida aqui não é tão exigente!- sorri lançando uma indire