Tentei falar sobre café, sobre os exames, até sobre a alta médica… mas ela não reagia.
Apenas mantinha os olhos fixos no nada, como se eu não estivesse ali.
Senti uma culpa esmagadora
Como se estivesse pagando com esse vazio entre nós por ter falhado em protegê-los
Uma semana depois
Finalmente deixamos o hospital.
A mansão não era opção, não depois de tudo
Então voltamos para o pequeno apartamento de onde tudo tinha começado.
Quando abri a porta, uma corrente de ar carregada de pó nos atingiu.
Tinha capas brancas cobrindo os móveis e Christine entrou devagar, olhando em volta, e eu percebi que os olhos dela se enchiam, mas não de emoção
Talvez
era saudade de um tempo em que ela conversava com nosso bebê em todos os cantos da casa
_ Vou dar um jeito nisso - falei, tentando soar animado, enquanto afastava os objetos fazendo bagunça _Limpar, arrumar… vai ficar do seu jeito outra vez.
Ela assentiu sem me encarar, apenas largou a bolsa no sofá coberto e foi