No quarto, fechei a porta e me joguei na cama, escondendo o rosto no travesseiro.
Preciso lembrar a mim mesma, isso é uma consequência de cansaço!
Mas, por mais que eu repetisse, a sensação do braço dele ao meu redor ainda insistia em me perseguir.
Como isso é chato!
Não demorou muito para a porta ser aberta com um giro firme da maçaneta.
Não adiantava trancá-la afinal, era ele quem mandava ali.
Enzo entrou, fechando a porta atrás de si. Estava tenso, o maxilar travado, como se precisasse esclarecer de uma vez o que tinha acontecido.
_Christine, sobre hoje de manhã… não quero que você pense que aquilo foi… -ele hesitou, com os olhos desviando para o chão, talvez buscando as palavras. _Que significou algo além do que foi.
Eu cruzei os braços e soltei um riso baixo, sarcástico.
Ainda bem que ele pensa assim, estou até aliviada!
_Pode respirar, Enzo. Eu não sou nenhuma adolescente impressionável. Sei muito bem que foi só cansaço… uma cama nada grande demais… e pronto