VANESEY DE HERT
VANESEY DE HERT
Por: ANNY BALKENNT
EPÍLOGO

Ergueu a cabeça se sentindo tonta. Seu estômago parecia estar comprimido. Sentiu o bolo na garganta e observou com calma que estava embarcada em um bote. Encostou-se e analisou os danos na madeira. Passou a mão na testa percebendo que algo ardia, identificando um pequeno corte no local. A mão voltou manchada pelo sangue. Olhou ao redor, sentindo a cabeça latejar.

            — O que estou fazendo aqui? — Perguntou-se.

            Com recordações indo e vindo como cartas sendo embaralhadas, que passavam por sua mente sem identificação. Sem compreensão do que havia acontecido, se sentiu  sufocar com momentos que a fizeram perder o controle.

            Havia uma quantidade razoável de água no bote, mas não os buracos que a justificasse. Nada além de algumas rachaduras na borda. Ergueu os olhos observando as nuvens que cobriam o sol ao longe demonstrando que estavam desfazendo uma tempestade.

            — Estou confusa! — Falou, levantando cambaleante.

            Perdida em pensamentos, buscava alguma lembrança, pois não se recordava nem mesmo quem era. O balanço do bote a deixava tonta. Passou a mão na nuca, a dor latejante a fez tremer. Olhou ao redor procurando os remos, mas não os encontrou. O enjoo a fez levar as mãos na boca. Encostou o peito na beirada do bote e jorrou o vômito para fora, despejando-o no mar. Limpou os lábios com as mãos, olhou mais a frente, e observou um ponto que surgia no horizonte. Seria uma embarcação? Pensou. Tentou visualizar com mais atenção, a cabeça latejou a fazendo aperta os olhos. Iniciou se uma agitação de ondas mais forte vinda a leste. Ao longe, as nuvens escuras anunciavam a chuva que seguia em sua direção. Surpreendeu-se com a informação que lhe veio à mente.

            A fragata surgiu um tempo após erguer os olhos para olhar as nuvens. Ficou surpresa por lembrar-se de algo. A informação era nítida agora. Pode observar três mastros de velas redondas que apontavam para o céu. — A tripulação devia estar em missão de reconhecimento de terras ou mares aos redores — Pensou.

            Começou a acenar e gritar, mas sentiu uma forte sensação de perigo. Arrependeu-se. Tentou identificar o motivo do alerta, mas lampejos de lembranças iam e vinham sem esclarecer seu temor. Apertou os olhos novamente, nada podia ser pior que manter-se a deriva sem saber onde estava. Então, foi tomada de pavor pela incerteza do que estava lhe causando aflição. Sentiu o coração agitado, algo estava errado. Percebeu a mudança de rota da embarcação, que agora seguia em sua direção. O alerta crescente a fez procurar por algo para se defender, mas nada encontrou além de seus próprios punhos. Percebendo que seria impossível defender-se de algo estando em um bote, pensou em pular na água e nadar rápido, seguindo em qualquer direção, mas olhou ao redor não encontrando  qualquer possibilidade de chegar à terra firme.

            Abriu os olhos vendo um bote, parecido com o seu descer da fragata e vindo em sua direção, parando ao lado. O vento sussurrou em seu ouvido, alertando a ameaça que se aproximava. Repentinamente, um dos homens pulou para dentro do seu bote.  Olhou para ela, que afastou. Ele, com um passo, pegou em seu pulso, fazendo-a sentir dor. Ela girou sem direção. Sentiu o pulso se soltar e em segundos, ouviu o som de algo sendo acertado. Rodopiou de lado, mas não caiu no chão. Ela havia abaixado e pego um pedaço da madeira pequeno, acertando no rosto do homem, que se erguia surpreso com a velocidade do golpe. O homem olhou para ela cuspindo o sangue que descia do canto inferior dos lábios, resmungando algo e cerrando os dentes, seus olhos demostravam ira.        Os demais tripulantes do bote gargalhavam alto, debochando da situação. Ela se afastou até quase na beirada, pensando se devia saltar para o mar. Ele investiu novamente em sua direção e ela acertando as cegas  novamente, até que ouviu alguém reclamar. O rapaz observou o punho fechado dela. Irritado, o barbudo e magricela, gritou pulando em sua direção. Ela desviou e virou o braço, acertando um gancho na garganta dele, fazendo-o cair fora do bote. Um outro homem que divertia-se à custa do caído, despertou e pois-se a pular para dentro do bote. Ela sentiu a cabeça latejar, mas bateu-a com força contra a testa dele. Sentiu a dor. Acertou nas partes íntimas e ele a soltou cambaleando para trás, tombando para fora do bote, em cima do outro que estava na beira tentando voltar à tona.

            Simultaneamente os dois homens puseram suas mãos na beirada do bote, ela chutou suas mãos, fazendo-os cair novamente. Algo foi jogado contra ela, o peso a fez cair, estava presa em uma rede. Tentou se mover, mas havia um homem amarrando uma corda em volta.

            Um tempo após, sentiu que o bote estava sendo suspenso para a fragata. Encolheu-se pedindo que não lhe fizessem mal. O homem mais alto, de olhos esbugalhados a assustou, veio até ela e a pegou pela cintura, em meio ao emaranhado de cordas e rede, a arremessou no chão. O pânico lhe dominou e ela debateu-se com a dor.

            — Me solte! — Gritou.

            O homem  pareceu confuso e virou se para o colega que vinha a passos largos, gritando com ele. Outros trabalhavam conversando como se fosse normal, ter uma mulher envolvida por uma rede, encontrada em meio do alto-mar jogada no chão da embarcação.

            Um rapaz de aparência sofisticada parou a sua frente com um sorriso estampado e gargalhou em seguida. Ela observou a rede que a envolvia e olhou para ele.

            — Me solta! — Gritou novamente.

            Ele fez sinal com as mãos para soltarem as cordas.

            Ela suspirou aliviada.

            — O que ele faz entre aqueles homens? — Pensou.

            Avaliou o homem de vestimentas refinadas, bem diferente do nível dos demais a bordo. Sorridente aproximou-se dela.

            — Como sempre não ouve o que estou falando. – Ele havia falado algo, mas ela por estar distraída observando os demais, não ouviu.

            Ela se arrastou no chão em meio ao emaranhado de cordas, se afastando dele, em busca de uma saída. O homem a olhou por segundos, confuso andou alguns passos e agachou ao seu lado, observando os olhos perdidos e assustados dela.

            — Nesey. — Falou em um tom delicado, e tocando sua cabeça como se fosse um filhote.

            — Não. — Ela tirou as mãos dele de sua cabeça.

            — Não me toque como cachorrinho. — Olhou irritada para ele, o ameaçando com o olhar.

            — Ah, vejo que apenas está confusa, mas é a mesma Nesey de sempre. — Disse ele, gargalhando. Observou o corte na testa e as manchas de sangue no vestido. Olhou para um dos homens que murmurava algo.

            Ele fez sinal para que os outros se dispersassem e estendeu-lhe a mão para que ela se levantasse. Desconfiada, olhou ao redor, observando os homens que olhavam para eles a distância. Outros estavam distraídos em atividades. Não havia nada a fazer. Ela pegou na mão dele, sendo suspensa e amparada por braços fortes. O rapaz suspirou de alívio, querendo abraça-la, mas apenas a manteve amparada.

            Ele girou pedindo para que ela o acompanhasse. Ela olhou ao redor, não havia para onde ir. Sentia que ele não iria lhe fazer mal algum, e estendeu as mãos sendo segurada pela cintura. Seguiu sendo  conduzida ao lado dele, em direção oposta aos homens que agora mantinham um sorriso estampado. Transitando entre eles, percebeu que havia um misto de ilegais embarcados. Alguns olhavam para eles sentindo-se ameaçados. Eles eram seguidos por outros olhares que demonstravam confiança e fidelidade ao homem ao seu lado. Alguns pareciam surpresos em vê-la viva, como se a conhecessem. Eles  acenavam brevemente.

            Entrou na cabine, observando as prateleiras com diversos mapas. Caminhou até a escrivaninha. Não estava preocupada, não havia insinuação de ameaça vindo dele, porque sabia que a conhecia. Ela não recordava dele. Ela tocou no livro sob a mesa, folheou as páginas, na capa havia um nome estranho, não soube ler o que estava escrito.

— Esta confusa? — O homem estava com os braços cruzados a observando, parecia manter o controle de si mesmo em relação a ela. — Vai voltar a lembra as poucos, pelo confronto no bote, percebo que está recordando aos poucos. — ele cruzou os braços — Deve ter sido uma batida forte, mas só não está bem, por causa dos últimos meses.

— Não recordo. Sinto-me como se estivesse entrado nesta cabine antes, mas não lembro.

Ela passou as mãos nas letras que não conseguia entender e as letras se formaram.

As Ilhas de Desmond

Sentiu mal presságio quando fechou o livro e tocou o peito sentindo o coração agitado.

Ouviu passos rápidos, e em seguidas os braços a amparou contra a queda.

— Acho melhor descansar Nesey. — falou percebendo que ela estava pálida, e a ajeitando nos braços, caminhando com ar pesado, a deitou na cama, ajeitando os fios soltos na testa dela.

Ela olhou para ele preocupada.

— Tenha calma! Não pretendo toca lá, sem que se lembre de mim. — ele cruzou os braços, demonstrando um sorriso ousado em seu decote. — Já tivemos noites interessantes juntos, tantas que já não me sinto tentando em fazer algo sem que seja por sua vontade.

Ela franziu a testa, algo a incomodou.

— Sinto me tentando a toma la agora, mas não vou fazer. Estou ocupado em como fugir de um compromisso e não levar a mercadoria até onde deveria, sem que ele perceba antes de estar a milhares de distância em um lugar inabitável para homens como ele ir.

O homem ficou com pensamentos voando.

Ela olhou para ele, percebendo que uma recordação o incomodou, pareceu resmungar algo contra certo alguém que não pronunciou o nome.

— Quem é você? Perguntou.

Ele gargalhou.

— Não diga nada Nesey, você recebeu um golpe. Devia ter se zangado com eles, mas, ultimamente você não tem sido uma boa companheira. — ele sorriu, com olhar triste.—  Todos nos levamos golpes a ponto de perder a memória,  mas com você é perigoso, mas do que devia ser.

— Por quê?

Ele olhou para ela e desviou olhar para janela. – Não é da sua conta.

Um estalo em sua cabeça alertou que havia algo de errado no anúncio feito por ele.

— Como disse tenha calma. — ele continuou — Está cansada?

— Não me lembro. O cansaço não é nada comparado.

— Nesey, não seja dramática, logo vai recorda.

A música da tripulação chamou sua atenção.

“ Somos maus, caçadores, ladrões, servimos apenas aos nossos ideais. Quem cruzar nosso caminho, cortamos! cortamos! cortamos!”

Ela deu passo para trás, talvez estivesse em perigo.

Ele cruzou o braço.

— Somos diferentes deles, mas recentemente, precisei me envolver.

Ele olhou para o corpo dela a desejando e ela percebeu a malícia do olhar.

— Já tive você em meus braços, conheço cada curva de seu corpo, mas pode ficar tranquila, não pretendo dormir com você nesse estado.

Ela arregalou os olhos.

— Não tenho pretensão de toca la ou sequer elimina la. — ele virou seguindo até escrivaninha. Não quero problemas com ele.  socou a mesa. — Sem mencionar que somos amigos.

Ele passou a mão no cabelo, puxou a cadeira, e estendeu as pernas sobre a outra cadeira.

— Meu nome é Hoope Besito, sou um corso, comandante deste navio, atacamos sob as ordens. — ele olhou para o teto, algo o incomodava. — Você é uma pirata, ou seja, não possui a carta de marca de Desmond. —  ele fez uma pausa, analisando o rosto dela.

Ela sentiu anseio de sentar, olhou para ele suplicando por resposta, havia lembranças de lutas, momentos  de confrontos, e em alguns vinham a imagem dele, o que a deixava mais confortável.

Ele percebendo que não seria fácil explicar o que havia ocorrido, principalmente no estado que ela se encontrava. Cruzou os braços, observando os ferimentos no corpo dela, devido a tempestade no alto-mar.

Ele praguejou contra  alguém que não dizia o nome.

— Eu sou uma pirata? Perguntou.

Ele olhou para ela.

— Não saqueamos nossas próprias ilhas, passamos anos fora, navegando por mares distantes e  voltamos para nos  encontrar na ilha de Cratera.

Ele ouviu o som da batida na porta. Sabendo do que se tratava mandou entrar, a mulher de olhos castanhos morena, caminhou até a mulher na cama.

— Nesey, devo parar de subestima lá, continua viva. Surpreendo de ter sobrevivo após Jack Loud. Homem maldito! Está nos caçando como animais. Devia parar de trabalhar para ele, Hoope.

— Blasfêmias.  Trabalhamos para Desmond.  Ele respondeu em um tom tranquilo.

A mulher deixou cair no chão o pote com água e o pano que espalhou se.

— Ele vai matar a todos. Não percebe que é um plano dele, nos usar uns  contra os outros. É o cão de Henke. Muito estranho precisar roubar mercadoria com destinos que afetam acordos pacíficos para ambos lados, quando se é um rei tão admirado e cheio de fiéis. . — ela bufou — Sempre enviando representantes, enviando seu cão fiel para nos caçar, rastreando, com seu focinho em cada canto nas ilhas ao redor de Desmond. Aquelas ilhas nos pertence!

Ele olhou para ela tranquilamente.

— Por que se zangar? Esta viva e sendo paga pelos seus serviços, que faço questão de cobrar caro. Ele piscou.

O olhar dela não foi amigável.

— Basta dizer que estava morta ou deixar a deriva até acontecer. Não se cansam de obedecer as ordens dele?

A mulher olhou para a outra na cama.

— Nesey, sempre concordou com minha ideia de eliminar o Loud. Queria enviar um dos nossos para tornar se braço direito dele, até conseguir enganá lo de forma arranca lo do poder ao lado do rei e finalmente elimina lo.

— Seria cavar a sepultura com os próprios dedos. Falou Hoope. — Richard confia sua própria vida nas mãos de Jack Loud, como um filho nas mãos de um pai. Tenho dúvidas se realmente não seria. Ouvimos falar de uma devoção tão intensa que nem as moedas ou um trono ou fez mudar sua posição em relação a fidelidade ao rei.

— Juntos podemos vencê los. Somos mais fortes. Ela alegou novamente.

O nome Richard causou agitação em Nesey.

Hoope ficou sério.

– Minha cara, somos usado com meio barato para enfraquecer os inimigos, causar desordem sem saber os objetivos segredos deles. Recentemente, não estamos realizando transferência, apenas usurpando  para disfarça e  devolvendo sob forma de permuta entre nos ao rei.  Fazer o quê? Já existem tantos outros piores, por águas ainda não explorada. O que de fato não pretendo descobrir.

Ela olhou para Hoope  e a mulher, que sorriam ironicamente pela expressão um do outro.

A mulher pegou o pano no chão, observou o pouco de água que ficou no pote, e molhou o pano, em seguida, sentando na cama, analisando a testa de Nesey, colou o pano sob a ferida.

— Devia estar morta Vanesey. A mulher bufou. — Estava feliz de saber que morreu, mas um ponto senti que nossos planos contra Jack Loud iriam afundar como nossa antiga embarcação, por nossas próprias mãos.

— Quem é você? Vanesey perguntou.

A mulher olhou para ela, rodou os olhos, e bateu o pano na testa dela novamente.

— Vanesey, não quero falar nada, daqui a pouco volta ser a cadela que conheço. Chame de Nit.

Hoope gargalhou.

— Já não vivemos por aventura, mas saqueamos por ordens e entregamos a Desmond. Corsos, é o que somos— Quanto a você, meu amor, mão serve ao mesmo propósito. — falou Hoope — Vanesey, entre os seus, comentam se a tranquilidade, o renascimento de uma nova linhagem de liderança.

— Sobraram poucos de sua tripulação, motim para quem devia liderar após sua morte, nem ao menos embarcação vocês tem, somente os fiéis estão nesta embarcação e os outros partiram a Costa Oeste em busca de aventura.

– Cães! Nesey bravejou.

Vanesey paralisou com a dor, enquanto Nit limpava a ferida sem qualquer cuidado.

Será que tudo aquilo era verdade? Ela perguntava se, porque em algumas brechas em sua memória recordava de algo que não fazia sentindo.

— Como nos conhecemos Hoope? Ela perguntou.

Ele sorriu.

— Fui obrigado a procurar falsos corsários Desmond, nos confrontamos, mas acabei seduzido por você na noite dos mercadores de Esfil. Uma deliciosa tradição, que acabou fazendo trabalhar para os dois lados. Obvio que fui incentivado a traição por seus olhos. – ele olhou para as pernas de fora dela.

Nit olhou para Hoope  como se o repreende se.

— Acredito que tenha gostado muito de seduzi lo. — franziu a testa — Nem ao menos sei como ele pode ser enganado. — ela desviou olhar para o nada. – Eu a subestimei. Falou com tom de uma ironia distante.-

— Maldito Jack Loud! Nesey proclamou, inesperadamente, uma revolta, chutando o nada, ao gritar o nome.

Nit jogou o pano no pote.

— Não vou ficar sentada aqui, lembrando  da morte de meu homem. — Ergueu se seguindo porta afora. — A culpa é sua Vanesey. Por ele não estar mais entre-nos.—  bateu com força, como se fosse projetar toda amargura e ódio guardado dentro do peito no momento que fechou a porta.

Vanesey balançou a cabeça.

Nesey colocou as mãos na boca, uma parte da memória voltou, em meios a espadas sujas de sangue uma imagem que causou náuseas dela mesma,  de saber que participou ativamente no assassinato daquelas pessoas estiradas e amontoadas no chão.

—  Muito bem, você é teimosa, insistente em tomar decisões que levou integrantes de sua tribulação a morte. Falou Hoope com as mãos na cintura. —  A maioria fugiu com a sua embarcação. Pensamos em tomar porque é uma das melhores de Desmond, mas recebemos ordens de procurar nesta localidade e leva La para outro lugar, o que é uma ordem que estou pensando se devo fazer ou não.

— E porque não fazer?

— Quer ser prisioneira novamente?  Eu te quero demais para passar mais anos pensando em você. Enclausurada e no meio de ratos.

Ela o encarou, sentindo o coração agitado.

— Você os levou direto para o cão de Desmond, a pior das decisões . Ele a levou direto para forca. Eu precisei subornar pessoas, arriscar minha vida entre eles para tirar dela. Por sorte o plano funcionou, e novamente foi sorte ter chegado até mim na embarcação.

Hoope percebeu olhar de Vanesey.

— Richard. Ela falou.

No impulso ele agarrou, mas ela o empurrou.

—Vanesey. – falou quase em um sussurro. – Não inicie uma luta comigo. Está sem forças, e eu confesso que estou exausto. Ele não a ama, se fosse assim, não teria o feito.

Ele a puxou contra o seu corpo, e ela desviou o rosto, quando ele aproximou o rosto no dela. Vanesey percebeu que ele estava apaixonado, mas sentia se fria na presença dele.

Hoope  era um homem muito bonito.

— Não. Vanesey percebeu que ele estava apaixonado, mas sentia se fria na presença dele. Hoope era um homem muito bonito.

— Compreendo. Saiba que estou desistindo de você, vou ficar com Nit para mim, deixe que morresse, o homem dela  para que ela submetesse a minhas vontades.

Nesey compreendeu que a morte do homem não foi sua culpa, e a outra mulher, era uma bela morena, ideal para homem como ele.

— Melhor assim, somos amigos. Nesey afirmou.

Ele pareceu confuso com a rejeição, ela afastou se, buscando refúgio, sentando se cama.

Ele chutou o ar e ergueu o queixo.

— Estamos indo para Ilha dos Balins, tornaram se nosso aliado. Loud decapitou quase todos os piratas de Montes, Asperes e Mondes.

Vanesey olhou para ele.

— Seus olhos estão tornando  brancos, o veneno não lhe dará muito tempo de vida. Seu pai acha que pode se enter com você, mas não a levarei para ele, apesar de ele ter me ajudado a salva la.

— Eu o matarei quando o ver novamente. Ela falou.

— Existe algo que preciso lhe contar, mas prefiro que Sofia conte. O que posso adiantar é que  não tem muito tempo de vida.

— O que preciso saber? — ela voltou a sentar. —Vejo um bebê em meus pensamentos. Quem é?

— Não sei de bebê algum. Ele falou.

Ele fez sinal para se acalmar, caminhou até um armário e tirou de dentro um vestido de cor avelã.

— Seja o que estiver planejando, faça sem me comunicar, não tenho condições de tomar decisões, sinto que vou e volto ao mesmo ponto na memória.

E sugerindo que troncasse de roupa, dando a entender que estava começado a ficar difícil com ela quase que seminua, desviou o olhar e ela olhou se, percebendo que o vestido continuava úmido.

Ele olhou para o corpo dela, jogou o vestido na cama, e saiu com passos rápidos, evitando olhar novamente para ela.

Vanesey pegou o vestido.

Havia se passado a metade do dia, desde que acordou e comeu frutas. Havia cantoria do lado de fora. Ouviu homens comentando sobre a Festa dos Mercadores, mas ela preferiu permanecer na cabine. Ela devia conhecer Hoope  porque reconhecia o modo gentil dele, que muitas vezes deixava claro que suas intenções não eram ruins.

Enquanto aguardava pela chegada de Sofia, esse era o nome que ele havia dito, sentou-se novamente pensativa.

O som de passos chamou sua atenção, e Hoope  entrou, só que dessa vez acompanhado por uma mulher, que ela podia jurar que tinha uns duzentos anos de idade.

A mulher andava muito lentamente, e não olhou para Vanesey, apenas seguiu até uma cadeira, a puxando.

A mulher, idosa atordoada olhou para Hoope  após olhar para Vanesey.

— Vanesey de Hert, está viva, não é uma mentira —  ela colocou as mãos na boca.

Hoope  olhou para Vanesey, que fez uma careta, levando até ela um pressentimento estranho.

—  Hoope, o que significa isto? Falou em tom zangado.

Ele  cruzou os braços, ao perceber a recepção de Vanesey, que teria outra reação caso estivesse bem da cabeça.

— Ela bateu com a cabeça durante a tempestade. Afirmou com ar de desanimo.

— Infelizmente não tenho tempo para lhe contar que você fez antes. A mulher tossiu.

—  O que querem de mim?

—  Atacaremos  Desmond. O rei irá se casar as pressas, em algumas semanas e já estamos preparados para acabar com Rei.

—Isso é loucura! Falou Hoope.

— Richard Henke morrerá, principalmente Jack Loud. Ele ordenou ataque a Cratera. Precisamos nos vingar.

—  Ele é o rei. Como fugiremos dos reinos aliados e da própria guarda real? Perguntou Hoope.

—  Conseguiremos vingança. Disse Sofie.

—  Quantas embarcações iram contra Desmond? Perguntou Hoope,

—  Nove. Dez com você.

Vanesey andou para janela, recordando-se.

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