Paolo chegou em casa já passava das sete da noite. Ana parecia estar à sua espera. Assim que ele desceu do carro, ela veio ao seu encontro com um sorriso.
— Você demorou.
— Demorei? Ele arqueou a sobrancelha, surpreso com a fala dela.
— Sim. Onde esteve? Parece que esteve brigando… Disse, olhando para as roupas dele. O loiro estava com o rosto sujo, os cabelos bagunçados e a camisa fora da calça.
— É… acho que posso dizer que sim.
— Você não tem jeito. Precisa arrumar outro emprego. Comentou, um pouco preocupada acompanhando-o para dentro da casa.
— Você acha mesmo que eu preciso de outro emprego? Eu gosto do que faço… bem, não é bem um emprego.
— Você é o braço direito de Glauco, não é? Ela perguntou olhando-o nos olhos.
— Sim. Somos mais que patrão e funcionário. Talvez você não entenda.
— Entendo, sim. Ela disse o admirando.
— Você se importa? Paolo perguntou. Ainda não tinha se declarado, mas o receio o corroía: não queria que seu "trabalho" fosse um obstáculo entre eles. Muito me