75. DE VOLTA À CIDADE
VICTORIA:
Voltamos à suíte para pegar nossas coisas e voltar para a cidade. Estávamos em silêncio. Por sorte, não tínhamos desempacotado. Já era noite, mas eu não queria ficar mais no meu hotel; sentia a imperiosa necessidade de me certificar com meus próprios olhos de que meu único tio estava bem. Meu coração pulava acelerado diante das suspeitas de que meus pais tinham sido assassinados e que o próximo seria meu tio. Por que não me matar? Porque tudo estava destinado à caridade se isso acontecesse.
—Victoria, me espera no lobby. Preciso ver a Isabel e dizer a ela que estou indo embora para que não me espere —disse quando chegamos ao elevador.
Assenti com a cabeça sem olhar para ele e entrei no elevador. Quando as portas se fecharam, o silêncio reinou entre nós. Quando parou no segundo andar, Ricardo saiu e foi então que eu falei:
—Despeça-se dela, mas não se atreva a trazê-la conosco. Você pode confiar nela, mas eu não confio. Não sei qual é a relação de Isabel com Matías, m