73. LUTANDO COM AS MESMAS ARMAS
VICTORIA:
Ele sorriu enquanto me aproximava lentamente. Isabel estava demasiado confortável, sua presença ao lado de Ricardo era completamente natural. E ele nem se incomodou. Levantou o olhar e o fixou em mim. Endireitou-se, mas sem deixar de segurar a débil jovem em seus braços.
— Victoria —respondeu Ricardo, devolvendo meu sorriso—. Pensei que você estivesse descansando.
— Isso você pensou —disse a ele, deixando as palavras caírem com frieza calculada—. Mas tinha coisas mais importantes a fazer, como você sabe.
Isabel, impecável em seu papel de atriz principal, deslizou um olhar de inocência que me revirou o estômago.
— Sinto muito, Victoria —se desculpou falsamente frágil—. Há algum problema no seu hotel, Victoria? Ricky, apenas me acompanhou ao hospital.
Olhei fixamente para ela, sem parar de sorrir. Estava preparada para seu jogo. Chamei uma enfermeira que havia solicitado anteriormente. Isabel era calculadora, jogaria com suas mesmas armas.
— Querida, chamei um