72. O ENCONTRO COM MATÍAS
VICTORIA:
Ele deu um passo em minha direção, tranquilo e arrogante. O ar de superioridade me irritava profundamente, mas não me movi. Não ia recuar nem um milímetro diante dele. Lembrava das disputas entre meu pai e o senhor Castellanos, que estava determinado a comprar todos os negócios que ele tinha. Aparentemente, agora seu filho pensa que pode fazer o mesmo. O que ele não esperava era que eu me casasse com Ricardo Montiel e, ao que parece, procurou Isabel para ajudá-lo a controlá-lo.
— No seu hotel? —repetiu com um sorriso torto—. Vim de férias. Precisava de um descanso. Por que tão séria? Estou ajudando a aumentar sua fortuna.
Não respondi. Meu silêncio era minha arma. Deixei-o falar, esperando que ele se entregasse sem perceber. Matías era arrogante, como seu pai, mas essa mesma arrogância o fazia cometer erros. Sorriu sem parar de me olhar. Sabia que estava brincando comigo, tentando sujar o terreno antes de me dar respostas claras. Mas eu não ia cair na armadilha. Seu olh