VICTORIA:
Naquela manhã, eu tinha ido ao ginecologista com o assistente do meu tio Javier. Não tinha mais ninguém para me acompanhar. Estava realmente nervosa; além de um ou dois enjôos, não tinha nenhum outro sintoma. Apertava a mão de Javi, que não parava de tagarelar ao meu lado sem que eu entendesse nada do que dizia. Eu estaria realmente grávida de Ricardo? E se estivesse, o que eu ia fazer? Era evidente que ele não me amava, que não queria estar comigo.
Os minutos naquela sala de espera se tornaram eternos. Javi continuava falando, sem perceber que eu mal conseguia ouvi-lo. Minha mente estava perdida em uma confusão de pensamentos que me empurrava de um lado para o outro, incapaz de encontrar um ponto fixo. A pergunta óbvia, aquela que martelava na minha cabeça, não tinha resposta. Se o resultado fosse positivo, como eu iria lidar com isso? Ricardo n&atild