Flora Narrando
Tudo aconteceu tão rápido, mas ao mesmo tempo, eu senti como se os segundos se arrastassem. A ânsia veio de repente, um embrulho horrível no estômago que parecia me retorcer por dentro. O gosto amargo na boca, a tontura, tudo junto. Corri para o banheiro, tentando segurar o que sentia, mas não deu nem tempo. Mal ajoelhei no chão e o mundo escureceu. As forças sumiram, o corpo ficou leve, e eu apaguei ali mesmo, nos braços do Evan, que me segurava e me chamava desesperado.
Quando voltei a mim, estava deitada na cama. O quarto estava iluminado pela luz suave da manhã. O cheiro do quarto, o som calmo da respiração do Evan ao meu lado, tudo me fez entender que eu estava segura. O Dr. Orlando, vizinho dos meus pais, estava sentado na beira da cama, com um olhar calmo, mas atento. Evan segurava minha mão como se tivesse medo de me perder de novo.
— Como você está se sentindo, nesse exato momento? — perguntou o doutor, com a voz tranquila.
— Um pouco fraca, mas já estou melho