Quando Milana acordou, ela sentiu imediatamente que estava amarrada. As costas dela doíam e o cheiro de sujeira era insuportável, fazendo-a querer vomitar.
“Merda…”, ela sentia a cabeça latejando e isso dificultava o pensamento. Se antes, com a falta de comida, já estava complicado, agora era muito pior!
O som de passos fez Milana ficar em alerta, o melhor que ela podia, e, com o “crack” da porta se abrindo, a delegada precisou semicerrar os olhos.
Click-clack, click-clack.
Salto alto. A pessoa que tinha entrado usava salto alto. Milana olhou pela penumbra e viu uma figura alta, esguia, com um vestido brilhante.
— A vadia acordou! — a mulher disse e soltou uma risada alta. Milana reconheceu aquela voz. Como não? A voz da mulher com quem Gabriel teve o suposto caso fake.
— O que você quer? — Milana tentou não soar desafiadora, mas também não tão fraca a ponto de verem como ela era um alvo fácil naquele momento.
Um tapa forte a atingiu e o rosto de Milana ardeu, bem como a cabeça