Ellen Vasconcellos.
Saí da sala de Ethan tentando parecer calma, firme, mas dentro da minha cabeça… estava tudo uma bagunça.
O aperto de mão ainda estava gravado na minha pele. Foi um gesto simples, frio, profissional. Mas carregava um significado intenso demais. Pesava. Era um compromisso, mas não como de um casamento qualquer, era mais pelos meus pais, pela saúde da minha mãe, pelo psicológico do meu pai.
Subi as escadas em silêncio e entrei no quarto de Carlos. Ele estava ali, deitado no tapete com seu urso de pelúcia, chutando o ar e murmurando sons engraçados. Quando me viu, sorriu. Aquele sorriso puro e verdadeiro. Tão alheio ao que se passava ao redor.
Marta saiu discretamente ao me ver.
Sentei ao lado dele e passei os dedos entre seus cabelos finos.
— Vamos brincar agora, tá bom? — sussurrei, com um sorriso fraco.
Carlos soltou uma risada e se jogou sobre os brinquedos. Peguei um livro ilustrado, sentei com ele no colo e comecei a contar uma história com vozes diferent