Ethan Blake.
O bar já estava quase vazio. Luzes tênues, música suave, o cheiro adormecido de álcool no ar. Ellen permanecia ali, com os cotovelos apoiados no balcão e o olhar perdido num ponto qualquer. Os olhos ainda úmidos, o rosto abatido, mas firme.
Continuei ali, ao seu lado, com a certeza de que estava fazendo o que precisava ser feito.
Queria que ela soubesse que estava ali, que queria lhe ajudar.
Aproximei meu rosto do dela e então disse.
— Seus pais são importantes pra mim, Ellen. — murmurei, sem rodeios. — Não os vejo apenas como sócios. Gustavo e Helena são meus amigos.
Ela se virou devagar, surpresa. A expressão no rosto dela se suavizou um pouco. Pegou um guardanapo amassado e passou nos olhos com pressa, como quem tenta apagar as evidências do próprio desespero.
— Eles também gostam muito de você. — respondeu, a voz ainda trêmula, mas sincera.
Levantei a mão e chamei o garçom. Pedi dois copos de uísque. Quando ele os trouxe, empurrei um para ela.
— Promete que b