Ponto de vista de Alessandro
Estávamos no ponto de controle das pontes aéreas. Já havíamos localizado o veículo que invadiu nosso perímetro sem autorização — estava em plena retirada. Me chamaram pelo rádio para verificar o local por onde Kira havia passado. Saí da sala de controle com o coração acelerado. Dei a ordem imediata:
— G.E.S.S., siga o protocolo. Se sair da nossa jurisdição, abata. Se retornar, apreenda o veículo.
Hesitei por um instante, então acrescentei, com um fio de voz mais íntimo:
— Eu vou atrás da minha amada. Com certeza foi ela quem colocou todos pra correr.
Ao chegar à área do túnel de manutenção, o cheiro de sangue e pólvora me atingiu como um soco. Corpos estavam espalhados pelo chão, sinais nítidos de combate. Olhei ao redor, analisando as marcas — os cortes, a precisão, a brutalidade.
Sim.
Foi ela.
Mas, onde está?
Vasculhei a área como um louco, até captar o perfume sutil que o vento ainda carregava. Segui o rastro com os sentidos em alerta máximo,